COP30 em Belém: Hermano Castro destaca saberes ancestrais e justiça climática em artigo
"A COP 30 na Amazônia é nossa chance de criar um futuro em que a justiça climática e a justiça social sejam finalmente a mesma coisa", avalia Hermano Castro, médico e pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).
No artigo "A Amazônia como epicentro para a justiça climática e a justiça social", publicado pelo Le Monde Diplomatique Brasil, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) analisa os desafios, assim como a importância simbólica e estratégica da realização da COP 30 em Belém do Pará, no coração da Amazônia.
Segundo Castro, o Brasil "se torna o epicentro de um debate sobre o futuro do planeta". Mais do que discutir o clima, para ele, a conferência representa um momento de decisão sobre o tipo de humanidade que queremos ser e de construção de novos paradigmas de desenvolvimento.
No entanto, há muitos obstáculos. O pesquisador elenca o racismo ambiental, a falta de reconhecimento dos saberes ancestrais dos povos tradicionais, o avanço de forças hostis aos avanços climáticos e um modelo de produção que devasta em nome do lucro.
Para Castro, a realização da COP 30 só será bem-sucedida com a compreensão profunda "de que a justiça climática não se faz apenas com números e metas, mas com reparação histórica, respeito aos direitos dos povos tradicionais e construção de um novo pacto social e ecológico. A COP 30 pode e deve ser o marco desse recomeço."
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