Grupo de pesquisa da ENSP/Fiocruz recebe residente artística brasileira do Fluid Boundaries
Por Barbara Souza
O grupo de pesquisa "Ambiente, Diversidade e Saúde" se reuniu nesta sexta-feira (11/4) com a residente artística brasileira do Fluid Boundaries, Carla Maldonado. Artista multimídia, com atuação principal em cinema experimental, instalações e projeções multicanal, ela foi uma das selecionadas pela iniciativa que promove a integração entre arte, ciência e sistemas de conhecimento indígena.
Desde março imersa no grupo de pesquisa, Carla acompanhará por três meses a equipe coordenada por Paulo Basta, pesquisador da ENSP e parceiro científico do projeto, representando a Fiocruz. No encontro, ela apresentou algumas de suas obras e inspirações.
A gerente de Programas Internacionais na Galeria Portas Vilaseca - do time de curadores do projeto -, Gabriela Devaud, também participou do encontro, compartilhando experiências e informações sobre o projeto, e sua proposta transdisciplinar. Além dela, da artista e de Basta, também estiveram presentes Ana Claudia Vasconcellos e Alessandra Dias, da EPSJV/Fiocruz, Daniel d'El Rei, Mayara Calixto e Ida Viktoria Kolte.
A proposta do Fluid Boundaries é reunir questões e métodos de diferentes perspectivas disciplinares e culturais. A partir de chamadas lançadas em junho de 2024, o projeto selecionou artistas no Brasil, na África do Sul e na Suíça. Os selecionados iniciaram, no mês passado, residências nas quais investigam, por meio da colaboração transdisciplinar e transcultural, os múltiplos significados da água — como elemento vital, simbólico e político.
Além da Fiocruz, a Universidade de Joanesburgo, na África do Sul, e o Instituto Federal Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática (Eawag), em Dübendorf, na Suíça, estão recebendo as residências regionais Fluid Boundaries. Os primeiros dias foram marcados por uma troca energética entre artistas e cientistas, promovendo um ambiente de interesses compartilhados, diálogo transdisciplinar e colaboração. Projeto colaborativo, Fluid Boundaries reúne também parceiros como AiRSA (África do Sul), o programa artists-in-labs da Universidade de Artes de Zurique (Suíça), MASI Lugano (Suíça) e a Fundação IBSA (Suíça) e tem o apoio do Conselho de Artes da Suíça Pro Helvetia.
No início das residências, os artistas apresentaram seus trabalhos e motivações às comunidades científicas e conheceram os espaços laboratoriais, familiarizando-se gradualmente com equipamentos e ferramentas especializadas. Eles interagiram com pesquisadores e técnicos, adquirindo insights sobre projetos científicos e metodologias em andamento. Simultaneamente, os cientistas tiveram a oportunidade de explorar as estruturas conceituais, os processos criativos e os trabalhos anteriores dos artistas. Essas interações iniciais lançaram as bases para uma colaboração significativa, incentivando a curiosidade, o aprendizado mútuo e a fusão de perspectivas artísticas e científicas.
Com informações de @fluidboundariesresearch