Violência armada no território é pauta do CD ENSP
Por Danielle Monteiro
Em decorrência dos recentes episódios de violência armada no território, o CD ENSP se reuniu, em caráter extraordinário, com o objetivo de discutir ações que devem integrar o Plano de Contingência em Violência e Saúde da instituição. As propostas serão levadas à próxima reunião do Conselho Deliberativo da Fundação. A Direção da Escola já apresentou algumas sugestões de iniciativas, inclusive relacionadas à comunicação, em reunião realizada em janeiro com a Presidência da Fiocruz e demais unidades e regionais da instituição.
O diretor da ENSP, Marco Menezes, afirmou que o reconhecimento da violência como problema de saúde pública global está entre as diretrizes aprovadas em diversos fóruns. Por esse motivo, segundo ele, o debate sobre o tema é uma das prioridades na agenda da Escola.
Menezes disse que é primordial a abordagem sobre Violência e Saúde na perspectiva da saúde do trabalhador e da trabalhadora, e destacou que a ENSP está se alinhando, internamente, para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT). “A Escola pode contribuir, de forma significativa, para uma ampla discussão sobre o tema”, afirmou.
Em seguida, a coordenadora do Programa Institucional de Articulação Intersetorial em Violência e Saúde (PIVS), do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP), Mayalu Matos, discorreu sobre o Programa, criado em 2017 pela Presidência da Fiocruz com o objetivo de ampliar e articular a reflexão e a ação sobre Violência e Saúde entre as diversas unidades da Fundação. “A preocupação com a violência armada e seus impactos na saúde da população sempre foi destaque como tema de trabalho para o PIVS”, afirmou.
Segundo Mayalu, como ações do programa, estão previstas melhorias na divulgação dos Planos de Contingência; treinamento e integração das unidades; aperfeiçoamento na comunicação junto aos públicos interno e externo; aprimoramento de ações de suporte psicossocial e atendimento psicológico; avaliação de instalação de sistema de sirene para aviso de situações graves no campus; e ampliação de linhas de ônibus para evacuação e de efetivo de segurança. O programa inclui também a criação de Departamento de Saúde para atendimento dos casos menos graves e de UTI móvel para rápida remoção; o levantamento dos impactos da violência armada no campus no período de 2017 a 2024; entre outros. Como ações externas, o programa prevê o estímulo ao desenvolvimento de projetos de prevenção e enfrentamento à violência por arma de fogo; o apoio à divulgação científica sobre violência armada; e a construção de agenda de discussão e ação sobre enfrentamento à violência.
Os conselheiros abordaram a importância da Fiocruz no processo histórico em defesa do território Manguinhos contra as violências praticadas. Ao fim do encontro, eles acordaram em manter a pauta permanente e dar continuidade na sistematização das propostas a serem discutidas na próxima reunião do CD, que será realizada em 25 de fevereiro.
Em nota oficial divulgada em 4 de fevereiro, a Fiocruz, por meio do Claves/ENSP, “reitera que o controle de excessos cometidos pelo Estado é um ponto fundamental para a construção de uma segurança pública cidadã e para um Estado efetivamente democrático e inclusivo, que não vitime com tamanha banalidade e continuidade seus policiais e sua população". Confira aqui.
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