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ENSP/Fiocruz leva pauta da saúde da população negra e discussões sobre branquitude e racismo ao 5°PPGS

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Publicado em:08/11/2024
Por Bruna Abinara e Barbara Souza

Debates relacionados à saúde da população negra foram destaque no 5° Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão da Saúde (5º PPGS), realizado pela Abrasco. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) Roberta Gondim, membro da Comissão Científica do evento, coordenou diversas atividades sobre o tema no âmbito do Eixo 2, “Populações vulnerabilizadas e invisibilizadas: reparação e saúde como direito de cidadania”. Ela falou ao Informe ENSP sobre as iniciativas. O 5º PPGS acontece em Fortaleza (CE) no período de 3 a 6 de novembro, com diversas atividades pré-congresso nos dias 2 e 3 de novembro.


Segundo Roberta Gondim, o Eixo 2 foi um dos que mais recebeu propostas de mesas, de debates e de trabalhos. Para a pesquisadora, isso comprova o aquecimento do debate no campo da saúde coletiva. Ela ressaltou ainda que tais discussões devem ecoar também nos demais eixos. “A ideia era transversalizar a temática, dado que a nossa formação social tem bases nas desigualdades, dentre elas as raciais”, explicou. 

Roberta reforçou que, apesar de não ser simples garantir essa transversalização, a temática está sendo abordada de forma cada vez mais complexa. “Ainda há um caminho a ser percorrido, mas, levando em consideração o contexto histórico, acredito que há também um avanço significativo do debate no campo da Saúde Coletiva, em especial no Congresso da Abrasco”, afirmou a pesquisadora.


A oficina “No jogo do espelho: o exercício da branquitude e o desvelar da racialização no campo da saúde coletiva”, coordenada pela pesquisadora, foi realizada no domingo (3/11). A atividade buscou compreender a produção da racialidade branca a partir de um exercício para explicitar como ela se produz e, em seguida, discutir o impacto da branquitude na gestão em saúde e na produção das políticas públicas. 

Na segunda-feira (4/11), a pesquisadora organizou também a roda de conversa “Em busca de uma equidade em saúde perdida – o racismo em perspectiva”. Dentre os trabalhos apresentados, estava “Reparação e saúde na política étnico-racial e de gênero da Fiocruz”, da pesquisadora da ENSP Valéria Cristina Gomes de Castro. A pesquisa reflete sobre as desigualdades na composição da força de trabalho da instituição.  


Roberta participa, ainda, da comunicação coordenada “Racismo e saúde: desafios históricos e a contemporaneidade”, nesta terça-feira (5/11). Também pesquisadora da ENSP, Marly Cruz também é uma das coordenadoras da atividade. Segundo elas, a atividade recebeu propostas de todo o Brasil, de docentes da pós-graduação em saúde coletiva e de profissionais que operam cotidianamente no SUS, o que proporcionou uma perspectiva atualizada do tema. 

No último dia do congresso, a pesquisadora vai coordenar a mesa redonda “Mulheres negras em trilhas interseccionadas de vulnerabililizações e desigualdades: políticas, agências e re-existências”, que abordará os desafios para as políticas públicas, em especial as políticas de saúde, no enfrentamento das desigualdades a partir da experiência de três mulheres atuantes em projetos de garantia de direitos de populações vulnerabilizadas. “São experiências de existência, de resistência e de construção de possibilidades de se manterem vivas”, destacou.

Confira a programação científica completa do 5º PPGS aqui

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