Missão da RESP à América Latina abre caminhos para novas cooperações e reforça atuação da rede na região
A Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública da América Latina (RESP), coordenada pela ENSP, esteve em missão à América Latina entre 2 e 9 de fevereiro. O objetivo foi reforçar a articulação do trabalho da rede, composta por 23 instituições de 12 países, e prospectar novas cooperações com instituições da região. A visita aos países latino-americanos também envolveu a participação em duas conferências, promovidas pela Universidade Nacional da Colômbia e a Escola Nacional de Saúde Pública do Peru, assim como em um workshop do 14º Congresso Internacional de Educação Superior – Universidade 2024, realizado em Cuba.
Durante a missão, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde (VDEGS/ENSP), Eduardo Melo, se reuniu com dirigentes de escolas de saúde
pública e universidades, algumas delas recém incorporadas à RESP. Entre elas, a Escola Nacional de Saúde Pública do México, a Universidade Nacional da Colômbia e instituições peruanas, como a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensap), a Universidade Nacional Mayor de San Marcos e a Universidade Cayetano Heredia.
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O vice-diretor também foi palestrante da conferência Gestão Territorial e Cuidado da Saúde no contexto do SUS, promovida pelo Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia. Ele ministrou, ainda, uma palestra sobre O papel das Escolas de Saúde Pública no contexto de melhora da saúde pública, na Escola Nacional de Saúde Pública do Peru.
Segundo o vice-diretor, a missão aos países da região foi fundamental para o reforço da atuação da RESP na América Latina e Caribe, tanto na esfera das Escolas de Saúde Pública e centros formadores, como junto a outras instituições e movimentos relevantes da região. “A pandemia e as dificuldades para a realização de atividades presenciais da RESP vinham dificultando o trabalho da rede. Neste cenário, um dos efeitos mais importantes da missão foi a produção de maior proximidade com a realidade das escolas/instituições e com os atores locais, essencial para o trabalho em torno de desafios e projetos comuns, e de forma coletiva e colaborativa, um dos sentidos centrais da RESP”, afirma.
Melo conta que a missão também viabilizou a renovação e abriu caminhos para novos acordos bilaterais entre a ENSP/Fiocruz e diferentes instituições. “Além disso, revelou e reforçou a importância estratégica de instituições públicas como a Fiocruz na região, com muito reconhecimento em todos os países visitados”, destaca.
Segundo o vice-diretor, tanto nas articulações bilaterais, como nas conferências, buscou-se abordar a formação em Saúde Pública a partir dos desafios históricos e atuais que os sistemas de saúde na região enfrentam, como segmentação de clientelas, fragmentação dos cuidados, desigualdades de acesso, vulnerabilidades às crises e insuficiente regulação do setor privado: “A formação deve ser vista, neste contexto, tanto em termos de ampliação das capacidades técnicas para operar os sistemas de saúde, como de constituição de atores e sujeitos políticos capazes de atuar na defesa do público”.
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