ENSP encerra credenciamento de laboratórios com chave de ouro
Publicado em:18/12/2023
Por Danielle Monteiro
A importância do credenciamento dos laboratórios de pesquisa, assim como as oportunidades e desafios na ciência, deram o tom ao 1º Encontro de Laboratórios de Pesquisa Credenciados ENSP, promovido pela Vice-direção de Atenção à Saúde e Laboratórios de Saúde Pública (VDAL/ENSP), com o apoio da Vice-direção de Pesquisa e Inovação (VDPI/ENSP) nesta quarta-feira (13/12). O encontro encerrou o processo de credenciamento dos laboratórios da Escola, que contou com a adesão de todos os dez laboratórios de pesquisa da unidade, vinculados à VDAL.
Presente à mesa de abertura, a vice-diretora de Pesquisa e Inovação da ENSP, Luciana Dias de Lima ressaltou a importância do evento para a instituição e disse que o encontro marca o momento da trajetória dos laboratórios, cujas atividades representam uma vertente tradicional da ENSP: as pesquisas direcionadas para ações de vigilância ambiental, toxicologia, diagnóstico, e prevenção de doenças infecciosas e parasitárias, entre outras. “A visão tradicional que a ENSP tem, por meio desses laboratórios, marca essa tradição da saúde pública e coloca os desafios que se apresentam para a articulação dessas atividades, assim como os desafios postos hoje para a saúde coletiva como um todo”, afirmou. Segundo a vice-diretora, o processo de credenciamento dos laboratórios trouxe a oportunidade não somente de as equipes fazerem uma reflexão sobre as atividades que eles vêm desenvolvendo ao longo do tempo, mas também de assumirem compromissos futuros, os quais indicam objetivos de fortalecimento desses laboratórios em suas áreas de expertise e em articulação com outras atividades realizadas na Escola nas áreas de ensino e cooperação.Em seguida, a vice-diretora de Ambulatório e Laboratório de Saúde Pública da ENSP, Fátima Rocha, destacou que o encontro é um momento de celebração, mas também de firmamento de compromissos futuros da própria Direção junto aos laboratórios. Ela citou os pontos fortes elencados pelos laboratórios em suas respostas ao questionário aplicado durante seu processo de credenciamento. Entre eles, a importância da inserção em um grupo de pesquisa, o fortalecimento do trabalho em equipe e a credibilidade. Como desafios, foram citados a necessidade de uma interação maior nos departamentos e de alocação de recursos, assim como questões relacionadas à infraestrutura, entre outros. “Essa é uma demonstração de afeto e de fé no processo que temos dos laboratórios na Escola”, afirmou.
Diretor da ENSP, Marco Menezes definiu o evento como um marco importante para uma articulação interna e para uma visão estratégica sobre Ensino e Pesquisa, na atuação dos laboratórios para o SUS. Ele definiu o trabalho dos laboratórios como um espaço de geração de conhecimento e de integração do Ensino e da Pesquisa com um grande potencial de dar respostas e enfrentar os desafios da saúde pública, principalmente no que se refere ao fortalecimento da Política Nacional de Vigilância em Saúde, frente à reconstrução do país e retomada da valorização da ciência.
Em contrapartida, segundo Menezes, o credenciamento dos laboratórios lança a eles o desafio de potencializar uma articulação interna, na instituição como um todo, e também externa: “Essa articulação precisa avançar mais no sentido de uma ação propositiva junto ao Ministério da Saúde, por exemplo. Temos uma série de outras perspectivas de articulação da vigilância em saúde, somada à saúde pública e ambiental, e podemos, ainda, sugerir novas ações frente à atual realidade no que diz respeito à determinação socioambiental. O credenciamento dos laboratórios confere um potencial enorme para a proposição de novas ações integradas”. O diretor da ENSP citou o Centro de Pesquisa, Inovação e Vigilância em Covid-19 e Emergências Sanitárias – Pavilhão Luiz Fernando Ferreira como um marco institucional dessa proposta de articulação, uma vez que ele desempenha um papel estratégico no atendimento a novas emergências em saúde pública, tão necessário atualmente no Brasil.
Vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Maria de Lourdes Oliveira enalteceu o papel da ENSP na história da saúde pública e afirmou que o credenciamento dos laboratórios confere à Fiocruz a oportunidade de se enxergar de uma forma melhor, de fazer uma autocrítica, de exercitar a construção coletiva dentro das suas respectivas unidades, e também de refletir sobre como a instituição pode contribuir para atender as necessidades do país. ”É um processo muito trabalhoso, mas extremamente rico. É uma alegria e sorte que ele aconteça nesse momento de um novo governo e de reconstrução do país”, destacou.
Posteriormente, o pesquisador da área 
de Coleções Biológicas da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Marcelo Pelajo, proferiu a palestra O que o futuro nos diz? Planejamento e Liderança na perspectiva da antifragilidade. Em sua fala, ele discorreu sobre as etapas de um Planejamento Estratégico e Liderança e destacou a importância do trabalho dos pesquisadores de coleções biológicas de 135 anos atrás para a atual diversidade de natureza matrimonial.
de Coleções Biológicas da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Marcelo Pelajo, proferiu a palestra O que o futuro nos diz? Planejamento e Liderança na perspectiva da antifragilidade. Em sua fala, ele discorreu sobre as etapas de um Planejamento Estratégico e Liderança e destacou a importância do trabalho dos pesquisadores de coleções biológicas de 135 anos atrás para a atual diversidade de natureza matrimonial. Ele também falou sobre o binômio Conhecimento Organizacional - Análise de Cenários, fazendo referência ao processo de credenciamento dos laboratórios: “O conhecimento organizacional é um olhar para dentro, é refletir sobre quem eu sou, quais são meus valores, aonde quero chegar, como vou conduzir minha equipe e como eu me torno antifrágil. Do outro lado, temos a análise de cenários: o futuro é imprevisível, mas conseguimos ter uma ideia dele e, para isso, é preciso partir de algo e analisar cenários prováveis. Não precisamos acertar o futuro, mas precisamos estar preparados para um risco que pode fazer com que a organização desmonte”. Ele atentou para a importância da construção coletiva e da necessidade de o líder olhar para cenários de risco, e também discorreu sobre os Determinantes Sociais, além de apresentar um modelo de sustentabilidade e progresso e uma metodologia utilizada nas coleções biológicas da Fiocruz, a partir da qual foram gerados 13 programas estruturantes.
Em seguida, foi realizado um painel sobre Desafios e Oportunidades na Ciência, com a participação de pesquisadores da ENSP. Francisco Paumgartten discorreu sobre os desafios e oportunidades no campo da pesquisa e Gleisse Nunes, na área de coleção institucionalizada. Já Fatima Fandinho falou sobre os desafios e oportunidades no campo dos Serviços de Referência. Ana Cristina Simões e Elô Rodrigues discorreram sobre essa temática na área da Plataforma Tecnológica. Ao final do encontro, os laboratórios receberam seus certificados de credenciamento.
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