Ceensp recebe o '3º Encontro de Saberes do Neepes': Participe!
Na próxima semana, 6 de dezembro, o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da ENSP receberá o 3º Encontro de Saberes do Neepes, que tem como tema central as Metodologias Sensíveis Co-Labor-Ativas. Elas auxiliam na criação de condições para partilhar o saber por meio da arte. A terceira edição do encontro busca aprofundar as condições para que ocorram diálogos e ecologias de saberes mais respeitosos, éticos, sensíveis e transformadores, segundo o coordenador do Ceensp, Marcelo Firpo, pesquisador da Escola e coordenador do Núcleo Ecologias e Encontros de Saberes para a Promoção Emancipatória da Saúde da ENSP/Fiocruz.
A atividade acontecerá a partir das 14 horas, na sala 410 da ENSP, com transmissão pelo canal da ENSP no Youtube. O Coral Fiocruz, sob a regência de Paulo Malaguti, fará uma apresentação. O Centro de Estudos ilustrará com relatos acadêmicos integrados como aproximar ciência, vida e arte, na busca por diálogos e respostas a problemas de saúde, dignidade e direitos territoriais.
O evento terá a coordenação de Marcelo Firpo, coordenador do Neepes, e contará com as apresentações de Marina Fasanello, pesquisadora do Neepes, que abordará as ‘Metodologias Sensíveis Co-Labor-Ativas'; de Patricio Guerrero Arias, antropólogo da Universidad Politécnica Salesiana (Equador), sobre o sentido de “Coracionar”; do cacique Jairo Saw Munduruku, liderança Munduruku do Médio Tapajós; e de Rita de Cassia Ferreira, liderança do MSTB (Sem Teto da Bahia), sobre poesia e arte na luta das periferias urbanas.
O Núcleo Ecologias e Encontros de Saberes para a Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/Fiocruz), criado em 2018, vem organizando Encontros de Saberes para aprofundar diálogos entre grupos acadêmicos, movimentos comunitários e sociais de várias partes do Brasil. “O principal objetivo dessas atividades é construir coletivamente questões e projetos de pesquisa na intenção de produzir conhecimentos com (e não somente para) os territórios e os movimentos sociais, incluindo indígenas, de matriz africana, camponeses e de periferias urbanas”, ressalta Firpo.
O Neepes se apoia em três campos do conhecimento: saúde coletiva, ecologia política e as abordagens pós-coloniais, em especial as epistemologias do Sul. Esses referenciais buscam alternativas para enfrentar a crise civilizatória contemporânea e suas quatro (in)justiças: social, sanitária, ambiental/territorial e cognitiva/histórica. “A última está relacionada à modernidade ocidental e eurocêntrica, envolvendo temas como concepções de saúde e desenvolvimento, racismos, tensões entre o rural e o urbano e os limites da ciência moderna em dialogar com saberes e práticas tradicionais e populares”, explica o coordenador do Núcleo.
Antes do debate do Ceensp, acontecerá uma performance com a síntese das discussões ocorridas em grupos nos dias anteriores sob a direção de Ziel Karapotó, multiartista e cineasta indígena do Nordeste, e coordenador geral da Associação Indígena em contexto urbano Karaxuwanassu (ASSICUKA), com sede em Recife.