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Pesquisa da ENSP realiza exposição no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira

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Publicado em:21/11/2023
No dia 24 de novembro, será inaugurada a exposição ‘Espelho Partilhado’, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, que fica na Gamboa, no Rio de Janeiro (RJ). A mostra faz parte das estratégias de disseminação dos produtos e resultados da pesquisa acerca do racismo e pessoas em situação de rua, no município do Rio de Janeiro, coordenada pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) Roberta Gondim. ‘Espelho Partilhado’ é fruto de construção coletiva e participativa - implicada corporal e ancestralmente - movida pelo desejo em compartilhar os modos de produção de vida nas ruas, com destaque para os corpos femininos negros. Neste sentido, foram selecionadas fotos que tratam da dimensão humana emancipatória da agência dessas mulheres.


Serão exibidas fotografias feitas dos territórios da rua de Manguinhos e Maré, junto à equipe de Consultório na Rua de Manguinhos, além de imagens de uma gira de danças e conversas, conduzida pela educadora e bailarina de dança afro Ludmilla Almeida e pela socióloga e educadora popular Rachel Barros com mulheres negras em situação de rua. Todas as fotografias são do acervo da pesquisa ‘Marcador social de raça, acesso e cuidado à população negra em situação de rua na APS - em busca de formas colaborativas de produção de ‘saber-intervenção’ contra o racismo’. As fotos oriundas da etnografia na Maré e em Manguinhos são assinadas pelas pesquisadoras Roberta Gondim, Lidiane Bravo e Sharllene Silva, e pelo articulador do Consultório na Rua de Manguinhos, Daniel de Souza. Já a autoria das fotos da oficina/da gira é da fotógrafa Paula Eliane Araújo de Souza.

A ideia da pesquisa na qual a exposição se insere como uma estratégia de divulgação é “discutir como o sistema de poder é absolutamente definidor dos corpos que ocupam os espaços de desigualdade e do estar na rua – a rua tem cor, e ela é negra! Ou seja, o estudo debruça-se sobre a vivência do estar na rua, a partir do atravessamento do racismo marcado pela estrutura e base das relações sociais e pessoais”, afirma o grupo de pesquisadores. O projeto é integrante da Rede de pesquisa com foco na Atenção Primária do Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde, da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, da Fundação Oswaldo Cruz (Rede PMA APS/VPPCB/FIOCRUZ). 

A organização da exposição conta com as/os parceiras/os da pesquisa: Lilian Leonel e Elivanda de Sousa (Espaço Normal da Maré); Jaçanã Bouças (representante do Movimento Negro Unificado - MNU); Anderson de Araújo, Daniel de Souza e Marcelo Soares (profissionais do Consultório na Rua de Manguinhos); Ludmilla Almeida (professora de dança afro e dinamizadora da oficina); e Rachel Barros (educadora popular e dinamizadora da oficina), além das parcerias da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio, por meio do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB). Acrescida às mulheres negras, do âmbito da produção artística, que chegaram para somar nesta iniciativa. A exposição tem curadoria de Carolina Rodrigues, expografia por Gisele de Paula e Alexandra Souza, e produção pela empresa Gisele de Paula.

SERVIÇO: 
Data: 24 de novembro de 2023 (estreia) a 14 de janeiro de 2024
Horário da inauguração: 13h às 18 horas
Horário da exposição: terça a domingo, das 10h às 17h
Local: Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB). R. Pedro Ernesto, 80 Gamboa/RJ


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