CSHS 2023: pesquisadoras apresentam ações de promoção da equidade de gênero e raça nas ciências
A experiência e os produtos da oficina “Mais meninas e mulheres na ENSP/Fiocruz: construindo caminhos para uma ciência emancipatória” foram apontados pelas pesquisadoras Luciana Dias Lima e Vera Marques, da ENSP, como alternativas para o enfretamento às desigualdades de gênero nas instituições durante o 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, que acontece em Recife (PE), até o dia 3/11. As conferencistas indicaram os quatro eixos estratégicos da Carta de Recomendações proposta pela oficina (Políticas e programas institucionais/Conhecimento, conscientização e participação/Acesso, permanência e progressão na carreira/Representatividade política e científica na instituição) como ações de promoção da equidade de gênero e raça nas ciências.
A apresentação, em formato de comunicação oral, ocorreu na tarde de quarta-feira, dia 1/11, na atividade intitulada Feminismo negro, desigualdades sociais e ações afirmativas: (r)existências e contribuições CSHS na formação em saúde. “Compartilhamos a experiência do Programa Mulheres e Meninas na Ciência na ENSP, que promoveu uma oficina com mais de 140 mulheres e meninas, ocasião em que refletimos sobre o significado da ciência em nossas vidas, mas também, de modo coletivo, elaboramos um conjunto de recomendações para propiciar cuidados de gênero”, afirmou a vice-diretora de Pesquisa e Inovação da ENSP, Luciana Dias de Lima.
A atividade na Fiocruz aconteceu entre os dias 17 e 18 de agosto de 2022, e seu propósito foi promover espaços de discussão sobre os desafios e estratégias para a redução das desigualdades de gênero nas ciências. Foram realizadas quatro rodas de conversas, nas quais as participantes puderam refletir e dialogar sobre o significado da ciência nas suas vidas, bem como as dificuldades e os avanços percebidos na participação de mulheres e meninas; o que viabilizou a construção de um conjunto de proposições e estratégias objetivando maior equidade.
Esse documento, apresentado como uma Carta de Recomendações, tem o objetivo de contribuir com os esforços empreendidos pela Fiocruz de afirmação da importância de inclusão de mais meninas e mulheres em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
“A carta estabelece uma série de diretrizes para a promoção da equidade de gênero e raça nas ciências. Essas diretrizes estão organizadas em quatro grandes eixos ou dimensões de promoção de equidade: ações voltadas para a transformação cultural e a promoção de uma cultura que valorize a equidade de gênero e racial e a valorização da diversidade; ações voltadas para pesquisa e formação; ações para acesso de mulheres na ciência e a progressão de suas carreiras; e diretrizes que focam na presença equitativa de mulheres em postos de poder e tomada de decisão. Esses pontos são fundamentais para a construção dessa agenda”, detalhou Vera, que é pesquisadora do Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli da ENSP.
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