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Campanha do Dia Mundial Sem Tabaco incentiva construção de alternativas à fumicultura

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Publicado em:31/05/2023
O Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (CETAB/ENSP/Fiocruz), designado como Centro de Conhecimento para os Artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS), lança, nesta segunda-feira (29) uma campanha que aborda o fomento a alternativas para os trabalhadores da cadeia produtiva do fumo.

A campanha “O mundo precisa de comida, não de tabaco” traz cards informativos para a divulgação nas redes sociais. Os materiais estão disponíveis em oito idiomas (português, inglês, francês, espanhol, árabe, chinês, russo e hindi) e podem ser baixados no Flickr do Centro de Conhecimento, neste link.

O lançamento faz parte das atividades do Dia Mundial Sem Tabaco, promovido anualmente no dia 31 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros. Este ano, a OMS está chamando a atenção para a necessidade de os governos acabarem com os subsídios ao cultivo do tabaco e apoiarem agricultores na transição para culturas mais saudáveis, sustentáveis e que melhorem a segurança alimentar da população.




Além de gerar um produto que mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano, a fumicultura prejudica o ambiente e a saúde dos trabalhadores. O cultivo do tabaco está ligado a desmatamento, desgaste do solo e poluição do ar e da água. Os agricultores têm risco aumentado de problemas de saúde, tanto pela exposição aos agrotóxicos, como pela doença da folha verde do tabaco, causada pela absorção dérmica da nicotina presente nas folhas verdes, na presença de umidade. 

Mas muitos trabalhadores têm dificuldade para migrar para outro tipo de cultivo. Em geral, eles ficam presos à indústria do tabaco por dívidas contraídas para a compra de equipamentos, sementes e insumos. Além disso, nas regiões produtoras de fumo, o senso comum diz que não há alternativas viáveis. “Isso não é verdade. Experiências em diversos países mostram que há cultivos sustentáveis e lucrativos que podem substituir o tabaco. Mas são necessárias políticas públicas que apoiem os produtores nessa transição”, explica Marcelo Moreno, coordenador do Centro de Conhecimento e pesquisador do CETAB.

A Convenção-Quadro possui um artigo específico voltado para isso: o artigo 17, que convoca os países signatários a promover alternativas economicamente viáveis para os trabalhadores da cadeia produtiva do fumo. “Infelizmente, esse é um dos artigos do Tratado com mais baixa implementação. A campanha é importante para promover a reflexão entre os países parte, especialmente entre os que produzem fumo”, explica Raquel Gurgel, jornalista do Centro de Conhecimento.

O Centro de Conhecimento publica periodicamente informações sobre o tema em suas redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook) e em seu website, além do podcast Unlocking the Tobacco Supply Chain.

Para mais informações, entrar em contato com o Centro de Conhecimento pelo e-mail kh.cetab@fiocruz.br

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