Inscrições abertas: Fumicultura, diversificação dos meios de subsistência rurais e segurança alimentar
“Plante alimentos, não tabaco”: o tema da campanha do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) deste ano é de grande importância em um mundo onde mais de 800 milhões de pessoas passam fome. Como parte das discussões, será realizado em 18 de maio, às 14h, o webinário Agricultura do tabaco, diversificação dos meios de subsistência rurais e segurança alimentar.
O evento é organizado pelo Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (CETAB/ENSP/Fiocruz) – designado como Centro de Conhecimento para os Artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (CQCT/OMS), pela organização estadunidense Action on Smoking and Health (ASH) e pelo Centro de Conhecimento para o Artigo 5.3 da CQCT/OMS. Haverá tradução simultânea em inglês, espanhol, francês e português, e as inscrições podem ser realizadas neste link.
Os participantes terão a oportunidade de ouvir relatos de agricultores que conseguiram ou que estão tentando parar de cultivar fumo: Adriane e Álvaro Luettjohann (Brasil); Chaichan Thongwan e Jomsri Pleiploy (Tailândia); além de agricultores do Quênia e da Colômbia (a confirmar). “A proposta do webinário é se ancorar nas premissas colocadas pelo Dia Mundial sem Tabaco, mas trazendo em primeiro plano os trabalhadores e suas experiências nos processos de diversificação dos meios de vida rurais. Precisamos repensar o espaço que esses trabalhadores da fumicultura possuem na discussão sobre o controle do tabaco, porque, sem eles na linha de frente de todo esse processo, dificilmente conseguiremos avançar no desenvolvimento de uma efetiva soberania alimentar nas regiões produtoras”, diz Breno Gaspar, organizador do evento e pesquisador do Centro de Conhecimento para os Artigos 17 e 18.
Também haverá falas de Alejandro Polo, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na Colômbia; e do próprio Breno Gaspar. A moderação do evento será feita por Chris Bostic, da ASH.
Plantadores de fumo têm muitos motivos para mudar de atividade: o cultivo é extenuante, envolve diversos riscos à saúde, tem impactos ambientais e o retorno financeiro é baixo. No entanto, muitas vezes a mudança é difícil. É comum que os agricultores fiquem presos à indústria do fumo em um ciclo de endividamento. Também é comum que, em regiões produtoras de fumo, eles sintam que não têm outra alternativa. Mas as evidências mostram que, com o apoio adequado, eles podem ter maior renda e mais qualidade de vida cultivando alimentos.
“Na Convenção-Quadro temos o Artigo 17, que trata justamente da promoção de alternativas economicamente viáveis para os trabalhadores da cadeia produtiva do fumo. É muito importante que o Dia Mundial sem Tabaco deste ano esteja trazendo esse tema para discussão”, aponta Germano Pollnow, pesquisador do Centro de Conhecimento para os Artigos 17 e 18.
Para mais informações, entrar em contato com o Centro de Conhecimento pelo e-mail kh.cetab@fiocruz.br ou pelas suas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
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