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Vulnerabilidade e Violência: Cecilia Minayo participa de debate sobre o tema nesta segunda-feira (8/5)

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Publicado em:05/05/2023
A Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 e a Iniciativa Saúde Amanhã convidam para mais um debate da série Diálogos Saúde Amanhã, com três dos mais importantes e reconhecidos pesquisadores brasileiros no campo dos estudos sobre a violência, os sociólogos Maria Cecília Minayo - pesquisadora emérita da Fiocruz - e Michel Misse, além do economista Daniel Cerqueira, para pensar sobre os desafios futuros que o 16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 impõe à pesquisa e a políticas públicas que visem a proteção de territórios e o bem-estar de populações vulneráveis no Brasil.


O seminário Vulnerabilidade e Violência – Populações e Territórios será realizado dia 8 de maio, segunda-feira, entre 10h e 12h, com transmissão ao vivo pelo Canal VideoSaúde da Fiocruz, e será apresentado pelos sanitaristas Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, e por José Carvalho de Noronha.

O tema da violência interpessoal foi destacado na Agenda 2030 das Nações Unidas, que, no ODS 16, trata da necessidade de o Estado garantir o acesso à Justiça e instituições responsáveis e inclusivas em todos os níveis, para a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. O Brasil, segundo o VI Relatório Luz, sofreu grandes retrocessos nos últimos anos, que foram marcados pelo incentivo à liberação das armas, à militarização dos espaços civis e normalização da violência policial. O aumento da violência ocorrido nesse período penalizou particularmente grupos sociais vulneráveis, como o das mulheres, das meninas, dos povos indígenas e quilombolas, dos LGBTQI+, da população negra e dos defensores de direitos humanos, além de territórios específicos, localizados nas periferias das regiões metropolitanas e em áreas rurais marcadas pelo conflito de terra. Segundo o relatório, elaborado por representantes da sociedade civil, o Brasil tem 10 das 12 metas do ODS 16 em retrocesso, uma ameaçada e outra estagnada. A situação é tão grave que houve, até mesmo, a interrupção na atualização dos dados de 18 dos 22 indicadores que dizem respeito às questões do OPDS 16, o que impõe mais um desafio a pesquisadores e gestores dedicados a buscar saídas para esse contexto de insegurança social.

Ficha técnica do seminário:

Data: 8 de maio de 2023 (segunda-feira)

Horário: 10h às 12h


Palestrantes:

Maria Cecília Minayo é pesquisadora emérita da Fiocruz, fundadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (CLAVES) da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Pesquisadora 1A do CNPq, recebeu diversos prêmios por suas atividades científicas, dentre eles a Medalha de Mérito da Saúde Oswaldo Cruz, conferida pelo Ministério da Saúde em 2009, e o Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República em 2014. Publicou 272 artigos científicos, 225 capítulos de livros e 41 livros, entre publicações individuais e organização de coletâneas. Foi recentemente agraciada com o prêmio internacional da Academia Mundial de Ciências 2024, por sua contribuição às ciências sociais.

Daniel Cerqueira é economista, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), junto à Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (DIEST), da qual foi diretor entre 2012 e 2015. Dedica-se desde 1999 ao estudo da economia do crime e segurança pública. Sua tese de doutorado Causas e Consequências do Crime no Brasil recebeu os dois mais importantes prêmios acadêmicos na área de economia no Brasil: o prêmio Haralambos Simeonidis, da Associação Nacional de Pós-Graduação em Economia, e o prêmio BNDES. Foi consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, tendo ainda prestado assessoria aos Ministérios da Justiça e da Segurança Pública. É conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) desde 2014 e coordenador do projeto Atlas da Violência do IPEA/FBSP.

Michel Misse é professor titular aposentado do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisador 1B do CNPq e Cientista do Nosso Estado FAPERJ, é fundador e coordenador do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU) da UFRJ desde 1999. Atualmente é vice-coordenador e membro do comitê gestor do INCT Violência e Segurança Pública. É autor de Crime e violência no Brasil contemporâneo: estudos de sociologia do crime e da violência urbana (Lumen Juris, 2006), Acusados e acusadores: estudos sobre ofensas, acusações e incriminações (Revan/Faperj, 2008), As guardas municipais no Brasil (Booklink/Finep, 2010) e O Inquérito policial no Brasil (Booklink/Fenapef, 2010). Publicou recentemente pela editora Lamparina/Faperj, Malandros, marginais e vagabundos: a acumulação social da violência no Rio de Janeiro, sua tese de doutorado, defendida em 1999 que se mantinha inédita em livro.


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