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Exposição 'Doença de Chagas: da pré-história à atualidade' inaugura nesta segunda (8/8)

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Publicado em:05/08/2022

Nesta segunda-feira, 8 de agosto, será inaugurada a exposição 'Doença de Chagas: da pré-história à atualidade', com a divulgação ampla de conhecimentos gerais, incluindo aspectos evolutivos da tripanossomíase americana, e sua expressão como Doença de Chagas. No ano em que se comemoram os 150 anos de Oswaldo Cruz, o tema foi relembrado pela relevância para o Brasil e para a América do Sul, pois graças a visão de Carlos Chagas teve início o estudo de um tema que ainda hoje motiva equipes em diferentes unidades da Fiocruz. A ENSP e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), por exemplo, possuem uma colaboração científica permanente, com estudos realizados nas últimas décadas sobre a antiguidade da Doença de Chagas e sua presença em comunidades pré-coloniais.

A Doença de Chagas, foi assim denominada em homenagem ao cientista Carlos Chagas, que descobriu não apenas o ciclo de transmissão, o agente e vetor da doença, mas suas manifestações clínicas e diferentes aspectos da endemia americana. Incentivado por Oswaldo Cruz, Chagas deu partida às linhas de pesquisa sobre a doença que havia se tornado um importante problema de saúde pública no Brasil e em outros países da América do Sul. Desde então e por muitas décadas, as pesquisas sobre a doença, as formas como ocorrem, seu comportamento enquanto zoonose, seu diagnóstico, prevenção, tratamento e até mesmo história e evolução no Brasil e no exterior, tem sido motivo de linhas de pesquisa mantidas pela Fiocruz em diferentes unidades.

Neste sentido, a exposição 'Doença de Chagas: da pré-história à atualidade' integra as atividades em celebração aos 150 anos de Oswaldo Cruz, expondo um tema que atualmente ocupa lugar importante entre os esforços para manter e expandir a divulgação dos temas de ciência, e contribuir efetivamente para a educação em saúde. A exposição começa nesta segunda-feira, 8 de agosto, no pavilhão 26 do IOC. 

Em setembro, a exposição será apresentada na ENSP, a partir do dia 5, em celebração ao aniversário da Escola . De acordo com a pesquisadora do Departamento de Endemias, Sheila Mendonça, em seguida iniciará itinerância que incluirá Universidades e outros campos da Fiocruz parceiros internacionais de língua portuguesa. Originalmente concebida para itinerância na Bolívia, pela Universidade Mayor de San Simon, da cidade de Cochabamba, a exposição foi cedida para tradução ao português e acrescida de algumas informações que recordam a trajetória recente das pesquisas em Chagas no IOC. 

"Estamos finalizando os preparativos para que estas apresentações, assim como sua itinerância subsequente - cuja programação já está sendo agendada - sejam um sucesso. A pesquisadora Nancy Orellana Halkyer, da Universidade Mayor de San Simon, fez formação acadêmica no IOC com o tema e como estudiosa da antiguidade desta doença, vem dando apoio as campanhas educativas no seu país, onde a Doença de Chagas ainda preocupa muito por ser um endemia importante", destacou Mendonça.

Ainda segundo Sheila, a colaboração da Fiocruz foi realizada por Alena Mayo e Ana Jansen, ambas do IOC, a partir do trabalho desenvolvido no Laboratório de Biologia de Tripanossomatideos, que também realiza trabalhos de paleopatologia com a ENSP. O Departamento de Endemias da ENSP recebeu apoio da Vice-Direção de Pesquisa e Inovação (VDPI) para impressão da versão em português da exposição, através da submissão de proposta a Edital para apoio a divulgação científica. No IOC, a área de comunicação e informação se mobilizou para realização da mostra e sua divulgação.

"Ao associar informações e achados de paleopatologia, principalmente envolvendo as descobertas em corpos mumificados, a motivação e a curiosidade tornam-se aguçadas, como é sabido pelos nossos experientes gestores em museus. O ensino e a divulgação das informações sobre a saúde, com sua carga em geral dramática, são assim de certa forma compensados pelas informações que se associam. Além de aprofundar os conhecimentos mostrando que muito do que temos remete-se a tempos anteriores, ajudamos a conscientizar sobre as mudanças que continuamente ocorrem nos cenários da saúde, sua relação com a saúde dos outros seres vivos, e sua inserção nos ambientes natural e antropizado, ajudando a lembrar que a saúde é uma só", explicou Sheila Mendonça.  

Conteúdo & apresentação

Trata-se de uma exposição bidimensional, constituída por banners em lona, de fácil montagem e transporte, tendo sido concebida para facilitar a itinerância. Seu conteúdo, muito simplificado para atingir a diferentes públicos, resume-se ao seguinte:

ASPECTOS HISTÓRICOS DA DESCOBERTA DA DOENÇA
TRIPANOSSOMAS E SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
CICLOS BIOLÓGICOS 
ORIGENS EVOLUTIVAS DO CICLO NA NATUREZA
VIAS DE TRANSMISSÃO
SINAIS E SINTOMAS: A CLÍNICA DA DOENÇA HUMANA
OCORRÊNCIA DESDE A PREHISTÓRIA
COLONIZAÇÃO EUROPEIA E ENDEMIZAÇÃO
ACHADOS PRÉHISTÓRICOS NA AMÉRICA
No Brasil estamos contribuindo com 
ACHADOS ANTERIORES AO CONTATO NO BRASIL
MODELAGENS ESPACIAIS: PREDIÇÃO DE ACHADOS ARQUEOLÓGICOS
CICLOS NATURAIS, RESERVATÓRIOS E VIGILÂNCIA 


*Crédito foto de capa: Acervo da Fiocruz. 


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