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Livro aborda desafios de saúde pública para o enfrentamento do trabalho infantil

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Publicado em:16/12/2021

Em meio a um aumento global no número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil – segundo dados recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) –, a Editora Fiocruz lança um livro que busca contribuir para as discussões em torno do tema. Trabalho Infantil: desafios e abordagens em saúde pública, integrante da coleção Temas em Saúde, está disponível para aquisição a partir desta quarta-feira (1º/12), nos formatos impresso – via Livraria Virtual da Editora – e digital, por meio da plataforma SciELO Livros. 

Escrita por Valdinei Santos de Aguiar Junior e Luiz Carlos Fadel de Vasconcellos, doutores pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), a obra pretende, de forma mais ampla, propor considerações para políticas mais efetivas de atenção integral à saúde de crianças e adolescentes.

Em consonância com os princípios da coleção que integra, o livro oferece uma série de propostas e abordagens para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), estudantes e pesquisadores do campo da saúde coletiva/saúde pública. São contribuições sobre aspectos sócio-históricos, teórico-conceituais, jurídicos e práticos que possam ampliar os debates acerca do trabalho infantil. 

Em cinco capítulos, o livro apresenta as atribuições do SUS no que tange à atuação em questões relacionadas ao tema. A obra é iniciada com uma breve introdução ao conceito de trabalho infantil, com o objetivo de ampliar a compreensão do setor Saúde sobre a complexidade da relação infância-trabalho-saúde.

Em seguida, os autores evidenciam alguns fundamentos da proibição do trabalho infantil, propiciando embasamentos jurídicos, científicos e políticos para a compreensão da exploração desse tipo de trabalho e para a fundamentação do combate ao problema. O segundo capítulo indica ainda as diretrizes do setor Saúde relacionadas à temática, além de um breve panorama da produção acadêmica sobre o assunto.

O capítulo três é estruturado a partir de análise histórica e reflexões críticas acerca do tema. Segundo os pesquisadores, há uma gama de contradições e processos históricos que "podem dificultar as ações de erradicação da exploração do trabalho infantil, bem como os esforços pela garantia de uma sociedade mais justa para crianças e adolescentes". 

Demonstrar que a relação infância-trabalho é ampla e complexa e não se limita às situações de trabalho infantil é o principal intuito do penúltimo capítulo. Valdinei Santos e Luiz Carlos Fadel aprofundam o exame da participação de crianças e adolescentes na estrutura social e econômica e também os efeitos dessa estrutura sobre suas vidas e sua saúde. 

Por fim, o quinto capítulo reflete sobre a potencialidade - ainda insuficientemente explorada e exercida - do SUS no que tange à atuação em questões relacionadas ao trabalho infantil. A abordagem pretende oferecer propostas para uma atuação mais efetiva na atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em situações de trabalho infantil, tendo como base os princípios doutrinários e organizacionais do próprio SUS.

Ao longo da obra, são discutidas também as diferentes edições do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, documento federal estabelecido nos anos de 2004, 2011 e 2019. O livro apresenta quadros com as identificações de órgãos responsáveis, atribuições, ações, objetivos, responsabilidades do setor Saúde, entre outros aspectos.


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