Busca do site
menu

ENSP Internacional: PALEOENCONTROS fortalecem cooperação brasileira na área da paleoparasitologia

ícone facebook
Publicado em:07/10/2021
Por Tatiane Vargas

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca se destaca na área da paleoparasitologia há décadas - o que coloca o Brasil em posição de destaque no cenário mundial – com seus grandes cientistas da área. Luiz Fernando Ferreira e Adauto Araújo, pesquisadores da ENSP/Fiocruz já falecidos, são alguns dos nomes mais importantes no cenário nacional e internacional da paleoparasitologia. Ao longo de anos a Escola vem se destacando no tema e neste momento lidera e colabora de forma atuante com a proposta dos PALEOENCONTROS, pensados com a perspectiva de trazer importantes nomes da área para apresentar suas ideias e experiências, além de estimular a cooperação entre países da América do Sul. 

Nesta sexta-feira, 8 de outubro, será realizada mais uma edição do PALEOENCONTROS. A transmissão será pelo canal do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, no YouTube, a partir das 10 horas. O encontro contará com a apresentação do expositor boliviano, José Capriles, e da expositora argentina, Romina Petrigh.


No canal MAE-USP, parceiro da ENSP, estão disponíveis todos os PALEOENCONTROS realizados em 2021.  

+ Acesse aqui a playlist
.

Segundo Sheila, o Brasil colabora com o projeto de muitas formas, tanto com os diversos pesquisadores que atuam no tema, quanto pelo estímulo à participação de parceiros da América do Sul, visando fortalecer a rede de pesquisadores na área. “O objetivo dos PALEOENCONTROS é ser uma preparação para a próxima reunião da Paleopathology Association (PPA), mas também uma oportunidade para reaproximar grupos, pessoas e instituições que trabalham na área, para fortalecer a rede e continuar o trabalho feito por muitos anos no nosso continente, pelos grandes cientistas brasileiros”. 

Com sua vasta experiência na área da paleoparasitologia, o que o coloca em posição de destaque no cenário internacional, o Brasil é um dos mais importantes produtores de conhecimento científico e metodológico, além de inovação na área. “Temos materiais únicos nos diferentes países da América do Sul e questões de pesquisa a serem esclarecidas que são extremamente interessantes, além de questões relevantes para compreensão da história da saúde não só local, mas a nível global”, destacou a pesquisadora.

Para Sheila, os PALEOENCONTROS buscam dar espaço e trazer pessoas de diferentes origens para mostrar o que vem sendo desenvolvido na área, independente da notoriedade das pessoas. “Sabemos que há um grande diferencial e desigualdade de oportunidades entre os espaços acadêmicos do sul e do norte. Além das importantes colaborações que temos historicamente com países do hemisfério norte, a valorização crescente de nossos vizinhos continentais é uma tradição desta Escola”, ponderou. 


A pesquisadora contextualizou que a Cooperação Sul-Sul é uma questão estratégica para a Saúde Pública, e não é diferente na pesquisa básica, como é o caso da paleoparasitologia. O projeto do PALEOENCONTROS se insere na rede de Cooperação Sul-Sul e tem a proposta de promover espaços de desenvolvimento sobre o tema. “Acreditamos que com os encontros, além de ajudar a fomentar a programação do próximo Paleopathology Meeting in South America (PAMinSA), estamos criando uma base, aproximando pessoas e efetivamente criando oportunidades de trabalhos de cooperação, ressaltou Sheila. 

ENSP e a cooperação internacional

A ENSP lidera a iniciativa e colabora de forma atuante. A proposta dos PALEOENCONTROS será firmada através de projeto de cooperação nacional e internacional e todas as instituições parceiras também apresentarão a proposta dos PALEOENCONTROS como um projeto de cooperação. 
“São as ações sendo viabilizadas de forma técnica e objetiva. O Departamento de Endemias apoia a iniciativa e atualmente estamos elaborando um projeto de cooperação para fortalecimento de redes e atividades de seminários e ensino. O projeto está sendo construído com parceiros que estarão no site. A ENSP é uma das instituições encarregadas de desenvolver essa atividade”, explicou Sheila. 

Sobre o projeto PALEOENCONTROS

O projeto começou em 2009, organizado pela pesquisadora do Departamento de Endemias da ENSP, Sheila Mendonça, em parceria com pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, egressos da Escola, além de colaboradores da Argentina, que mantinham estreita relação com os grandes cientistas da paleoparasitologia, Adauto Araújo e Luiz Fernando Ferreira. 

De acordo com Sheila, as reuniões do projeto passaram a ser periódicas, no próprio Departamento de Endemias. Eram encontros virtuais com apresentação de projetos, resultado de trabalhos e momento de diálogo entre os membros do grupo. “Neste momento estávamos nos recuperando da perda dos colegas que foram pioneiros na ENSP (Adauto Araújo e Luiz Fernando Ferreira – in memoriam). A volta dos Encontros foi uma forma de retomar as atividades e superar os momentos de intervalo nos projetos”, lembrou Sheila. 

Com a chegada da pandemia no início de 2020 os Encontros foram interrompidos, mas retomados no começo de 2021, com conversas periódicas entre os parceiros da Argentina e de São Paulo, através da USP. 

“Voltamos a escrever conjuntamente, de maneira remota, sobre o tema, para retomar um processo de articulação. Nosso desafio naquele momento era a organização do próximo congresso da Paleopathology Association na América do Sul. Uma ex-aluna da ENSP, professora universitária na Bolívia demostrou interesse em sediar o congresso e solo boliviano, porém, com a pandemia, todas as atividades foram suspensas. A partir disso, começamos a nos reunir pensando em agendas de temas com apresentações do Brasil, Argentina e Bolívia, pensando em debates para o futuro congresso”, detalhou a pesquisadora.

Nos próximos meses, os encontros deverão continuar a ser programados regularmente, a medida em que se agreguem à iniciativa outros países parceiros como o Chile, a Colômbia e o Peru.

Desta forma, ficou definido que a ENSP, em parceria com a Universidade del Centro de Buenos Aires e a Universidade de São Paulo (USP), também através de uma ex-aluna da pós-graduação da ENSP, hoje professora nesta renomada instituição, retomaria a proposta dos PALEOENCONTROS, como seminários preparativos para o próximo congresso Paleopathology Association, que acontecerá na cidade de Cochabamba, Bolívia, em 2023.



Nenhum comentário para: ENSP Internacional: PALEOENCONTROS fortalecem cooperação brasileira na área da paleoparasitologia