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Pesquisador da ENSP comenta liberação excessiva de novos agrotóxicos no país

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Publicado em:03/07/2019

Neste primeiro semestre de 2019 o governo já liberou o uso de 239 novos pesticidas, sendo 42 deles autorizados na última semana de junho. Cerca de 2.173 substâncias são licenciadas para o uso em lavouras brasileiras. Segundo o último levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação, o Brasil é o país que mais gastou com agrotóxicos no mundo – 10 bilhões de reais, em média, no ano de 2013 – superando países como Estados Unidos, China, Japão e França.

O Ministério da Agricultura não comenta sobre os números, mas afirma que o país não é o campeão mundial de agrotóxicos, estando atrás de Bélgica, Itália, Portugal e Suíça. Além disso, reitera que “todos os defensivos liberados até agora, com exceção de um a base de nova substância, já tem uso permitido no mercado brasileiro”.

Para os especialistas, a maior preocupação na multiplicação dos agrotóxicos no Brasil consiste na falta de fiscalização, bem como a orientação técnica para os agricultores sobre como aplicar corretamente os pesticidas. Ainda, o país não está regularizado na análise alimentícia recomendada, comumente realizada no intuito de obter-se controle sob o possível excesso de substâncias nos produtos consumidos pela população.

O pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Luiz Cláudio Meirelles, comenta sobre a falha fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a falta de um mapeamento de segurança para o monitoramento das substâncias mais agressivas.

"A Anvisa, por exemplo, nos últimos anos, não se tem visto o trabalho que ela tinha na área de controle. O outro problema é o monitoramento de mercado, que é importante para ser feito um mapeamento das substâncias mais perigosas, como estão distribuídas, e isso não aconteceu mais. Notícias de fiscalização não têm acontecido.”

Clique aqui para conferir a reportagem na íntegra.


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