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Brasil avança nos estudos de utilização de medicamentos

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Publicado em:27/09/2017
O Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP), o Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e a Universidade Federal de Minas Gerais promoveram, de 13 a 15 de setembro, no Rio de Janeiro, o seminário Estudos de utilização de medicamentos nos contextos dos países e sistemas de saúde (Drug Utilization Research in country and health system contexts). O evento internacional reuniu pesquisadores da Bélgica, Austrália, Suécia, Hungria e Colômbia e participantes de diferentes regiões do país para trocar experiências, fortalecer pesquisas e a formação no contexto dos estudos de utilização de medicamentos. "O seminário acontece desde 2013 e, de lá pra cá, nossos parceiros internacionais entenderam que o Brasil, apesar de algumas dificuldades na obtenção de dados, já trilhou um bom percurso para trabalhar na primeira linha de estudos de farmacoepidemiologia no mundo", analisou a pesquisadora do Naf/ENSP e da comissão organizadora do evento Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro.

Brasil avança nos estudos de utilização de medicamentos
 
A mesa de abertura do seminário teve participação de Fátima Rocha, Vice-diretora de Laboratórios e Ambulatórios da ENSP, Tatiana Chama Borges Luz, da Fiocruz Minas e da comissão organizadora do evento, Francisco Acúrcio da UFMG, e Maria Auxiliadora de Oliveira, chefe do Naf. Para essa última, a possibilidade de reunir pessoas de várias universidades e pesquisadores de instituições internacionais potencializa o compartilhamento de experiências. "É um momento de profundo intercâmbio. Compartilhar experiências, exitosas ou não, faz com que a gente fortaleça a rede de pesquisadores que trabalham no campo específico da utilização de estudos de medicamentos", avaliou.
 
Os pesquisadores reunidos no seminário trabalham juntos no tema há mais de cinco anos produzindo conhecimento e fomentando o intercambio nacional e internacional, com a participação de alunos, docentes e pesquisadores de várias instituições e grupos de pesquisa. A atividade envolveu a pós-graduação e reservou uma sessão especial para a apresentação de pôsteres e trabalhos sobre o tema. Durante os três dias de evento, 12 trabalhos foram apresentados sobre os mais variados temas no contexto do seminário internacional (Veja todas as apresentações neste link). “A participação dos alunos foi sensacional. Eles mostraram recortes inovadores, temas interessantes. Todos lutando contra a dificuldade de obtenção de dados, de descompactação, mas sendo sempre criativos”, admitiu Claudia.
 
Na palestra de abertura, Monique Elseviers, do  Heymans Instituut, na Bélgica, discorreu sobre a experiência europeia nos avanços e desafios dos estudos de comparação entre países. Na mesa seguinte, coordenada por Lars Gustafsson, do Karolinska Institutet, o palestrante MIkael Hoffmann, da Linköping University, falou sobre o uso de bases administrativas e implicações para estudos de comparação entre países. Luciane Lopes, da Universidade de Sorocaba, fez um estudo comparativo do Drug LA no Brasil, Colombia, Guatemala e Cuba, e Monique Elseviers finalizou a mesa com as questões metodológicas na comparação entre países.

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No final do dia, Claudia Osorio reconheceu: “Nos faltam bases cujos objetos falam do paciente, mas os pesquisadores internacionais reconheceram estamos caminhando muito bem. Nos resta sermos mais criativos para superarmos nossas dificuldades.”

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