Redução de danos no uso de drogas é tema de seminário na ENSP
Publicado em:23/05/2017
Nos dias 29 e 30 de maio, a Fiocruz promoverá o Seminário Internacional Cenários da Redução de Danos na América Latina na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), no Rio de Janeiro. O evento é dedicado à troca de experiências sobre estratégias para prevenção de doenças que decorrem do uso de drogas. O conceito de 'redução de danos' surgiu na década de 1990, quando diversos países latino-americanos passaram a desenvolver programas de troca de seringas entre pessoas que faziam uso de drogas injetáveis, como parte de suas respostas frente à epidemia de HIV/Aids. Organizado pelo Programa Institucional Álcool, Crack e outras Drogas da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (PACD/Fiocruz), o seminário contará com a presença de pesquisadores, profissionais e ativistas envolvidos com redução de danos no Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Colômbia, Porto Rico e Costa Rica.
Foi a partir dessa estratégia, nascida na Holanda no início dos anos 1980, que a América Latina tomou conhecimento do conceito de 'redução de danos', que articula uma série de estratégias que têm em comum o fato de não posicionar a abstinência como pré-condição para o cuidado em saúde. Segundo os organizadores do seminário, naqueles anos, o intercâmbio entre pesquisadores, gestores, operadores de campo envolvidos em projetos de redução de danos no continente era muito intenso devido ao ambiente de cooperação e articulação ensejado pelo movimento de luta contra a Aids. "Eram corriqueiros não apenas os seminários e encontros internacionais, como também os convites para que redutores de danos, em visita a países do continente, acompanhassem in loco as atividades de campo desenvolvidas pelos vizinhos", explicaram.
Nos primeiros anos do século XXI, o uso de cocaína por via injetável diminuiu drasticamente na América Latina, determinando profundas transformações no campo da redução de danos. De diferentes maneiras e a partir de influências diversificadas, os países passaram a desenvolver novas práticas de redução de danos, por meio de aproximações com Direitos Humanos, Saúde Mental, Saúde de Família e Comunidade, Educação Popular, dentre outros territórios de elaboração teórica e articulação política. "À crise, portanto, redutores de danos respondiam com ampliação e inovação. Por outro lado, enfraqueciam-se os intercâmbios continentais, e já não sabíamos muito bem como nossos vizinhos redefiniam suas práticas, tampouco que novas concepções elaboravam", descrevem os organizadores.
O seminário internacional compõe um movimento histórico na América Latina, em que diversos países passaram a desenvolver novas práticas de redução de danos por meio de aproximações com noções de direitos humanos, saúde mental, saúde de família e comunidade, educação popular, dentre outros territórios de elaboração teórica e articulação política. Segundo os organizadores do evento, o objetivo é encontrar respostas para questões como: Que cenários a redução de danos encontra em nosso continente? Que novas práticas temos desenvolvido diante de que novos desafios? Que articulações temos produzido? Que concepções temos materializado?
Nos primeiros anos do século XXI, o uso de cocaína por via injetável diminuiu drasticamente na América Latina, determinando profundas transformações no campo da redução de danos. De diferentes maneiras e a partir de influências diversificadas, os países passaram a desenvolver novas práticas de redução de danos, por meio de aproximações com Direitos Humanos, Saúde Mental, Saúde de Família e Comunidade, Educação Popular, dentre outros territórios de elaboração teórica e articulação política. "À crise, portanto, redutores de danos respondiam com ampliação e inovação. Por outro lado, enfraqueciam-se os intercâmbios continentais, e já não sabíamos muito bem como nossos vizinhos redefiniam suas práticas, tampouco que novas concepções elaboravam", descrevem os organizadores.
O seminário internacional compõe um movimento histórico na América Latina, em que diversos países passaram a desenvolver novas práticas de redução de danos por meio de aproximações com noções de direitos humanos, saúde mental, saúde de família e comunidade, educação popular, dentre outros territórios de elaboração teórica e articulação política. Segundo os organizadores do evento, o objetivo é encontrar respostas para questões como: Que cenários a redução de danos encontra em nosso continente? Que novas práticas temos desenvolvido diante de que novos desafios? Que articulações temos produzido? Que concepções temos materializado?
SEGUNDA-FEIRA (29/5)
9h - Abertura com representantes da:
- Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
- Programa Institucional Álcool, Crack e outras Drogas (PACD/Fiocruz);
- Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas;
- Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais;
- Coordenação Municipal de Saúde Mental;
- Organização Pan-Americana de Saúde (Opas);
- Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC);
- Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda);
- Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD).
9h30 - Mesa: História e contextos da Redução de Danos na América Latina
- Francisco Inácio Bastos (Brasil), coordenador do Programa Institucional Álcool, Crack e Outras Drogas da Fiocruz;
- Graciela Touzé (Argentina), da Faculdade de Ciências Sociais e do mestrado em Abuso de Drogas da Universidade de Buenos Aires;
- Ernesto Cortés (Costa Rica), diretor da Associação da Costa Rica para o Estudo e Intervenção em Drogas (Aceid);
- Esperanza Hernadez (Uruguai), coordenadora da área de Redução de Riscos e Danos da Junta Nacional de Drogas do Uruguai;
- Raquel Samudio (Paraguai), especialista em Políticas Sociais pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Assunção;
- Felipe Cuervo Rojas (Colômbia), representante legal da Cooperação Técnica de Ação Social (ATS);
- Rafael Perez Torruella (Porto Rico), com experiência em organizações de Redução de Danos em Porto Rico e Nova Iorque.
12h30 - Almoço
14h - Conversatórios
Conversatório 1: Novos desafios da Redução de Danos na América Latina
- Roxana Fernandés (Uruguai), especialista em drogodependência pela Universidade Complutense de Madrid;
- Antonio Tesolini (Argentina), diretor do Programa Andrés Rosário;
- Ingrid Farias (Brasil), diretora da Asociação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos (Aborda);
- Ernesto Cortés (Costa Rica), diretor da Associação da Costa Rica para o Estudo e Intervenção em Drogas (Aceid).
Conversatório 2: Novas práticas de Redução de Danos na América Latina
- Felipe Cuervo Rojas (Colômbia), representante legal da Cooperação Técnica de Ação Social (ATS);
- Frederico González (Paraguai), coordenador do projeto Psicoróga;
- Rafael Perez Torruella (Porto Rico), com experiência em organizações de Redução de Danos em Porto Rico e Nova Iorque;
- Mariana Takahashi (Brasil), coordenadora do Núcleo de Práticas de Redução de Danos do Centro de Convivência É De Lei.
TERÇA-FEIRA (30/5)
9h30 - Mesa: Redução de Danos e Interseccionalidades
- Dudu Ribeiro (Brasil), membro da Rede Latinoamericana de Pessoas que Usam Drogas (Lanpud), e da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas (INNPD);
- Florencia Forrisi (Uruguai), acessora técnica do Ministério de Saúde Pública do Uruguai para questões de saúde LGBT;
- Jorgelina Di Lorio (Argentina), professora do Departamento de Psicologia da Universidade de Buenos Aires;
- Edna Granja (Brasil), professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental, Álcool e Drogas da Faculdade Boa Viagem (FBV
DeVry).
12h30 - Almoço
14h - Mesa: Redução de Danos como Ética do Cuidado na América Latina
- Antônio Nery Alves Filho (Brasil), professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia;
- Graciela Touzé (Argentina), da Faculdade de Ciências Sociais e do mestrado em Abuso de Drogas da Universidade de Buenos Aires;
- Esperanza Hernandez (Uruguai), coordenadora da área de Redução de Riscos e Danos da Junta Nacional de Drogas do Uruguai;
- Ernesto Cortés (Costa Rica), diretor da Associação da Costa Rica para o Estudo e Intervenção em Drogas (Aceid).
17h – Encerramento: Leitura da Carta do Rio.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias
Nenhum comentário para: Redução de danos no uso de drogas é tema de seminário na ENSP
Comente essa matéria:
Utilize o formulário abaixo para se logar.