Prevenir sem perder o gingado

Uma das propostas usa os aplicativos de relacionamento Tinder e Hornet para falar do uso do preservativo. Nessas plataformas, que permitem ao usuário encontrar parceiros a partir da distância geográfica, foram criados perfis falsos de pessoas que propõe sexo sem camisinha. Ao entrar em contato com elas o usuário então recebe informações sobre a importância da prevenção à Aids e demais DSTs. Outra ação que vem sendo desenvolvida pelo ministério da saúde são os testes orais para a detecção do HIV. Além de estarem disponíveis em toda a rede pública, como não precisam ser aplicados em laboratório, o teste tem sido realizado por ONGs em bares, parques e outros locais de concentração da população LGBT.

Informar e prevenir sambando
As ações para informar a população e incentivar o uso de preservativos combinam muito bem com o espírito do Carnaval. Nascido há vinte anos no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, da Fiocruz, na Bahia, o Bloco da Camisinha é referência nas campanhas de prevenção à Aids. Hoje organizado pela Secretaria de Saúde do Estado e desfilando em parceria com o bloco Os Mascarados, o Bloco da Camisinha saiu nesta quinta-feira, dia 12, distribuindo panfletos informativos e camisinhas no circuito Dodô (Barra-Ondina). Além dessa ação de prevenção, a secretaria de Saúde da Bahia instalou dois pontos de testes de HIV rápidos, um em Salvador e outro em Porto Seguro.
Aqui no Rio de Janeiro, os Discípulos de Oswaldo também estão com um pé no Samba e outro no trabalho de prevenção à Aids. O bloco, que desfila na Comunidade do Amorim, ao lado da Fiocruz, surgiu em 2002 para incentivar a integração dos funcionários da Fundação com os moradores de seu entorno. “Desde o primeiro desfile a gente ajuda na campanha de prevenção à Aids distribuindo camisinhas. É muita camisinha mesmo. Cerca de duas mil por desfile”, conta João carlos BR de Freitas, o Profeta. O Diretor Sócio Cultural da Asfoc se diverte ao lembrar do sucesso da campanha: “Às vezes, a gente fica um pouco tímido na hora de entregar para as mulheres, mas elas não. Vêm até a gente e pedem. Todo mundo pega. Só não distribuo para molecada muito novinha, que usa pra fazer balão”.


Enquanto a garotada do Amorim espera a vez deles chegar, já é carnaval no Brasil. Quem já sabe que a camisinha serve para, digamos, outras brincadeiras, deve se lembrar do conselho do Velho Guerreiro: bota a camisinha, bota, meu amor!
*Crédito fotos: André Telles
*Crédito fotos: André Telles
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