Unesco abre exposição no Rio de Janeiro para celebrar Dia Internacional dos Povos Indígenas

A exposição
Tomar banho e fazer uma pintura facial ao acordar são rituais obrigatórios para um Ashaninka. Toda essa preocupação com a estética, fortemente presente na vida cotidiana das aldeias, está representada em fotos. As imagens mostram a potencialidade da arte corporal Ashaninka e a preparação de seus corpos para guerrear e seduzir.
Chapéus, carimbos e desenhos também estão na mostra, além de adornos corporais e roupas, como o Kitarentse – túnica longa que comunica corpo e cosmos – e os Txoxiki – grandes colares feitos com sementes. Cada linha desenhada, tatuada ou tecida é conectada aos mitos e à vida social Ashaninka.
Nos espaços expositivos do Museu do Índio, em Botafogo, o visitante encontra, em mostras etnográfica e fotográfica, toda a riqueza da arte corporal e do poder da beleza que se manifesta no universo da etnia. Ao percorrer as exposições, o público compreende o significado da arte no modo de vida desse povo. A parceria direta com os índios é uma das prioridades dessa iniciativa, que tem como objetivo a documentação e a divulgação da cultura material indígena. A curadoria é assinada pelos pesquisadores Peter Beysen e Sonja Ferson.
Os Ashaninka
Os Ashaninka ocupam, hoje, uma região de fronteira entre o Brasil e o Peru. Somam aproximadamente 70 mil pessoas, sendo a maioria habitante de aldeias em território peruano. No Brasil, as aldeias se localizam nas proximidades dos Rios Envira, Amônia e Riozinho, no Acre. Pertencem à família linguística Aruak (ou Arawak) e são o principal componente do conjunto dos Aruak sub-andinos, junto com os Matsiguenga, Nomatsiguenga e Yanesha (ou Amuesha). Apesar de existirem diferenças dialetais, os Ashaninka apresentam uma grande homogeneidade cultural e linguística.
Saiba mais sobre esta iniciativa clicando aqui.
Fonte: ONU Brasil
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