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ENSP integra pesquisa nacional para fortalecer o SUS

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Publicado em:07/07/2014

Fruto da pesquisa nacional ‘Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil’, o novo site Região e Redes: caminho da universalização da saúde no Brasil está no ar. Seu principal objetivo é avaliar, sob a perspectiva de diferentes abordagens teórico-metodológicas, os processos de organização, coordenação e gestão envolvidos na conformação de regiões e redes de atenção à saúde, além de seu impacto para melhoria do acesso, efetividade e eficiência das ações e serviços no SUS. A pesquisa tem caráter multicêntrico, é coordenada pela USP e conta com quase cem pesquisadores de diversas instituições no Brasil, entre eles, representantes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).
 

ENSP integra pesquisa nacional para fortalecer o SUS

Através de trabalhos coletivos, os participantes buscam identificar as condições que estejam favorecendo ou dificultando a regionalização nos estados e a conformação das redes de atenção à saúde, permitindo uma maior compreensão dos possíveis entraves à diminuição das desigualdades na universalização da saúde no Brasil. Este estudo nacional sobre as regiões de saúde baseia-se em cinco dimensões:

1. Sistema de governança regional;
2. Fluxos de demanda e estruturação da oferta;
3. Atenção Primária em Saúde nas regiões e redes de saúde;
4. Redes de atenção à saúde e gestão clínica, contratualização, qualidade, monitoramento e avaliação;
5. Recursos humanos.

Outras duas dimensões orientam estudos focalizados em determinadas regiões de saúde: o subsistema de saúde indígena; e a incorporação tecnológica. A investigação será desenvolvida utilizando, majoritariamente, abordagens qualitativas de pesquisa avaliativa, com entrevistas, análise documental, observação participante e vinheta em regiões de saúde selecionadas. Para alguns de seus aspectos e dimensões adotará métodos e instrumentos quantitativos, como questionários estruturados ou planilhas para o processamento e análise das informações empíricas.

Pela ENSP, integram o Comitê Guia da pesquisa os professores Luciana Dias de Lima, Ligia Giovanella, Marcia Fausto e Nilson do Rosário Costa. “Na pesquisa, partimos do pressuposto de que o avanço da regionalização tende a interferir positivamente na ampliação do acesso à saúde no Brasil. Compreender os condicionantes desse processo, sob diversas dimensões, perspectivas e enfoques, é o objetivo do projeto. Para a ENSP, trata-se de uma oportunidade para estreitarmos parcerias com outras instituições e consolidarmos uma rede de pesquisa e ensino ampla sobre o tema, fortalecendo linhas de investigação já existentes em nossos Programas de Pós-Graduação”, esclarece Luciana Dias.

Para conhecer mais sobre Região e Redes: caminho para a universalização da saúde no Brasil acesse o endereço www.resbr.net.br. No site encontram-se disponíveis entrevistas, bibliografia sobre o tema, além de uma base de indicadores nas regiões de saúde atualmente existentes.


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1 comentários
DERCIO DE SOUZA BEZERRA
07/07/2014 17:49
Sempre que leio sobre às ações/relatórios/planos e etc., fico com uma sensação de que vivo em um país com uma saúde de dois países diferentes; se eu estivesse numa ilha e acessasse o site do SUS, sem conhecer a realidade de alguns de nossos Estados e Municípios, pelos dados e propostas de gestão, pensaria que estava lendo sobre um país com nível de saúde de primeiro mundo. A teoria na prática é outra, alguém já disse, mas para ressaltar que o cotidiano requer adequações e não a disparidade de qualidade e qualificação que vemos em nosso país. Será que um dia teremos a "Agenda cinco estrelas para um SUS cinco estrelas," como me levaram a crer um dia? QUALIDADE NO SUS: UTOPIA OU REALIDADE? Dercio de Souza Bezerra ? ex-aluno de gestão da ENSP e FESP/RJ Prezados! A solução só virá quando pararem de fazer política com a saúde e fizerem política de saúde e isto só é possível se os que entendem de saúde forem valorizados e responsáveis pela execução das ações de saúde. Um sistema público de saúde que seja realmente universal, equânime e integral só será possível quando sair do papel e fizer parte integrante do viver social de toda a sociedade, onde democracia não é um jargão usado por conveniência, mas praticado no cotidiano de todos nós. Quando o nível dos políticos e de todos os envolvidos na gestão de saúde for da demanda de um viver moral, ético e com valores que transcendem a ideia capitalista do lucro pelo lucro, onde fazer saúde não deve pressupor ganho monetário e sim bem comum, aí poderemos dizer que em nosso país as leis em seus deveres e direitos são para todos. O dia em que o maior servidor público, a presidência da república, até o mais simples, pessoal de serviços gerais, passando pelos políticos e judiciário, todos sem exceção usarem, exclusivamente, o SUS e porque não a educação pública, aí teremos tudo funcionando a contento e sem ambiguidades e muito menos desigualdades. Quando eu desejar para o outro, o que quero para mim, todos seremos tratados com o devido respeito que a Carta Maior do país deseja que tenhamos; olhar o outro como se estivesse olhando para um espelho. Só que tudo isso que é possível e não é utópico, não se aprende nos bancos escolares, vem do berço familiar e de uma prática assumida pela matriz de raiz cristã, já que a maioria diz ser de tal confissão, pois o resumo da lei escriturística é: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Mas será que os materialistas, capitalistas e todos os reducionistas descomprometidos com o bem comum quererão tais mudanças? Realidade possível ou utopia? Dercio Belford Roxo/RJ