Mudanças climáticas no Brasil devem trazer prejuízo e pobreza
Secas mais intensas, prejuízo na agricultura, diminuição do pescado, reformulação da matriz energética – esses são alguns dos impactos que as mudanças climáticas devem gerar no Brasil. E os mais afetados serão os brasileiros de classes econômicas menos favorecidas. Esse é o cenário descrito no sumário executivo do Grupo de Trabalho 2 (GT2) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgado pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), no Rio de Janeiro. O documento aborda os impactos das mudanças climáticas nos sistemas naturais e socioeconômicos, suas consequências, além de opções de adaptação ao novo cenário.
“Esse relatório mostra que os impactos já estão ocorrendo, e é preciso tomar decisões quanto a isso de imediato. Quanto mais se espera, maior e mais caro fica o problema”, afirmou Suzana Kahn, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente do Comitê Científico do PBMC.
Para ela, o relatório também fornece elementos para que os governantes brasileiros planejem suas respostas de maneira a diminuir os impactos e os custos, bem como para melhorar a inclusão social. “Quem sempre sofre mais e tem menos chance de se adaptar é a população pobre”, declarou Kahn.
O primeiro sumário executivo do Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) do PBMC foi divulgado no dia 6 de agosto durante a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima), organizada pela Fapesp, em São Paulo.
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Fonte: Agência Fapesp
Divulgação Científica