Editora Fiocruz tem novo editor científico

Na editoria científica, permanece Gilberto Hochman, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), e, para substituir Ricardo, Carlos Machado de Freitas se junta à equipe. Com um currículo que se destaca pela multidisciplinaridade – graduação em história, mestrado em engenharia de produção e doutorado em saúde pública –, Carlos é pesquisador da ENSP/Fiocruz desde 1996. Apesar da experiência – já passou pelos conselhos editoriais de periódicos como Epidemiologia e Serviços de Saúde e Revista Brasileira de Saúde Ocupacional –, considera um desafio fazer parte da editora. “A experiência de editor de livros é totalmente diferente. Em um contexto dominado pelos artigos, valorizar os livros é uma imensa responsabilidade. Os artigos são uma forma de informação e comunicação rápida e curta, de importância fundamental, mas requerem um contraponto: os livros, que são produtos mais ‘demorados’ e exigem a leitura mais atenta. Nos tempos atuais, resgatar o valor da obra – o livro constitui uma totalidade, mesmo que dividido em capítulos e com vários autores – é um desafio muito bacana a ser enfrentado”, explica.
Carlos lembra, ainda, que, em uma editora acadêmica, além da preocupação literária com o conjunto da obra, deve-se respeitar também os critérios de avaliação do conteúdo científico. “Na minha formação, foi muito importante um livro escrito no final de 1970 por Lyotard, grande pensador da pós-modernidade. Ele chamava a atenção para o fim das grandes narrativas e a emergência das narrativas fragmentadas. Já anunciava, em certa medida, o ‘boom’ dos artigos que vivemos hoje. Essa referência do Lyotard, ainda hoje, ajuda a refletir sobre o papel de uma editora acadêmica, que não só dissemina o conhecimento científico, mas, em especial, também participa dos processos formativos dos estudantes”, afirma.

Fonte: Editora Fiocruz
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