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Filme aborda doença negligenciada no Brasil

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Publicado em:31/07/2013

Filme aborda doença negligenciada no BrasilParacoccidioidomicose: uma endemia brasileira é o novo filme da parceria entre a ENSP, o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). A produção busca abordar a doença (também conhecida como paracoco), que é um tipo de micose endêmica do continente americano e negligenciada no Brasil – e, no entanto, dados apontam para uma concentração de 80% dos casos no país. Em fase de edição final, o vídeo será apresentado no dia 8/8, durante mesa-redonda do Curso Nacional de Tuberculose, no Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP), e no dia 9/8, em uma pré-estreia, às 12h30, no XLIX Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, em Campo Grande (MS). Os organizadores do filme pretendem lançá-lo oficialmente em setembro, durante evento na Fiocruz.

Segundo Ziadir Coutinho, pesquisador da ENSP/Fiocruz e um dos organizadores do filme, a produção é um projeto da Cooperação Social da Fiocruz e, assim que estiver pronta, estará disponível para todos os interessados, por meio da internet. Além disso, serão produzidas 400 cópias para serem distribuídas a entidades da sociedade civil que focam nos trabalhadores rurais.

Filme aborda doença negligenciada no Brasil“A Paracoccidioidomicose só existe na América Latina, e o Brasil detém 80% dos casos. Por conta disso, denominamos o vídeo de Paracoccidioidomicose: uma endemia brasileira. A produção reúne três instituições da Fiocruz (ENSP, Ipec e Icict), e conseguimos ainda o apoio das Secretarias Estaduais de Saúde do Paraná e de Rondônia”, explicou Ziadir.

Com 25 minutos de duração, o filme foi rodado no campus da Fiocruz, em um ambulatório com mais de 60 anos de experiência em tratamento da doença, em Paty dos Alferes (RJ) e Botucatu (SP), dois importantes polos da doença no país, além da periferia de Curitiba, no Paraná – que foi o primeiro estado a iniciar uma informatização dos dados, transformando a paracoco em uma doença de notificação compulsória –, e, por fim, Rondônia, que é o epicentro da doença no Brasil.

Classificada como negligenciada, a doença não é contagiosa e tem cura, mas causa graves sequelas se não for diagnosticada precocemente. É muito mais comum em homens em idade produtiva, entre 30 e 50 anos. Em muitos casos, é confundida com a tuberculose, pois também apresenta uma tosse persistente. Alguns de seus principais sintomas são: feridas na boca, garganta e nariz; emagrecimento e fraqueza; rouquidão; falta de ar; perda dos dentes; e ínguas (caroços, gânglios) no pescoço ou na virilha. A paracoccidioidomicose se apresenta tanto na forma adulta como na juvenil, que é mais rara, pois o indivíduo normalmente adquire o fungo muitos anos antes de apresentar a doença, ou seja, ele pode ficar inativo no organismo. O fungo, contraído na respiração, vive no solo das plantações. Por isso, a paracoccidioidomicose aparece principalmente entre trabalhadores rurais. Vale lembrar que a doença não é contagiosa, nem transmitida por alimentos ou objetos de uso pessoal.

O tratamento está disponível nos postos de saúde, e os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde por meio do Programa para Micoses Sistêmicas. Os doentes também podem ter acesso ao tratamento por meio do Programa de Saúde da Família. No Rio de Janeiro, o Ipec/Fiocruz é o centro de referência para a doença.

Equipe de produção de Paracoccidioidomicose: uma endemia brasileira:
Ziadir Francisco Coutinho – pesquisador da ENSP/Fiocruz
Antonio Carlos Francesconi do Valle – pesquisador do Ipec/Fiocruz
Bodo Wanke – pesquisador do Ipec/Fiocruz
Sergio Brito – pesquisador do Icict/Fiocruz
Eduardo Vilela Thielen – pesquisador do Icict/Fiocruz e diretor do filme

Programação: exibição de Paracoccidioidomicose: uma endemia brasileira
Quinta-feira (8 de agosto) – Centro de Referência Professor Hélio Fraga
Participação:
Hermano Castro – diretor da ENSP
Ziadir Francisco Coutinho – pesquisador da ENSP
Antonio Carlos Francesconi do Valle – pesquisador do Ipec/Fiocruz

Sexta-feira (9 de agosto)  – pré-estreia no XLIX Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Participação:
Ziadir Francisco Coutinho – pesquisador da ENSP
Eduardo Vilela Thielen – pesquisador do Icict/Fiocruz e diretor do filme
Bodo Wanke – pesquisador do Ipec/Fiocruz


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