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Pesquisa avalia a trajetória da Editora Fiocruz

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Publicado em:03/06/2013
Pesquisa avalia a trajetória da Editora Fiocruz“A academia não dorme e tampouco o livro agoniza. No cenário brasileiro, embora a avaliação de órgãos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sejam referência no ambiente acadêmico, a universidade e os institutos de ensino e pesquisa, entre eles os devotados à saúde e toda a sua produção, devem assumir uma compreensão própria do assunto, estimulando e valorizando a produção de livros e capítulos de livro.” A opinião é de João Carlos Canossa Pereira Mendes, editor executivo da Editora Fiocruz, que defendeu, no dia 28/5, na ENSP, a dissertação de mestrado em Saúde Pública intitulada A saúde que se lê: uma reflexão a partir da trajetória da Editora Fiocruz.
 
Para Canossa, sendo o segmento editorial minimamente um subcampo a serviço do capital científico, não é excessivo assegurar que, na Editora Fiocruz, o jogo tem sido bem jogado, no sentido de depositar recursos para adensar o capital científico acumulado pela saúde. Na sua pesquisa, ele aponta que a pauta da pós-modernidade vem impondo ao livro e à academia a necessidade de customização. No entanto, os fatos denotam a crescente importância deles para responder a um mundo que tem velhas e novas mazelas a superar.
 
“Os projetos que, a exemplo do SciELO Livros, visam ampliar e capilarizar o conhecimento científico devem somar esforços no sentido de reivindicar políticas de Estado para a promoção do pleno desenvolvimento humano”, considera o pesquisador. Ele defende a formação de leitores plenos, do fundamental à pós-graduação, em prol de uma verdadeira cultura do livro e da leitura.
 
Quanto ao livro propriamente dito, teoriza Canossa, trata-se de um objeto mais que objeto, é algo com extraordinário poder transformador em pessoas ou realidades. Nesse sentido, continua o editor, destacam-se os livros universitários, os da saúde (pública/coletiva) e os da Editora Fiocruz.

Editora Fiocruz: 20 anos ampliando o acesso ao conhecimento científico
 
A Editora Fiocruz foi fundada em 1993, diante da necessidade de tornar público e ampliar o acesso ao conhecimento científico produzido nas áreas da saúde. Desde os seus primeiros lançamentos, em 1994, a editora sempre pretendeu difundir livros em saúde pública, ciências biológicas e biomédicas, pesquisa clínica, ciências sociais e humanas em saúde. 
 
Em praticamente duas décadas de publicação, a editora compôs um catálogo de obras que dissemina não só a produção acadêmica da Fiocruz, mas qualquer estudo de importância e impacto para a saúde em âmbitos nacional e internacional. Recebem atenção especial assuntos que estão na pauta de prioridades do Ministério da Saúde e agregam saber à saúde pública/coletiva.
 
Além do denominado 'livro de balcão', a Editora Fiocruz veicula sua produção também por meio de coleções temáticas. Sua política de traduções prioriza obras de importância em saúde que não tenham similar em português e, em contrapartida, dispõe de obras em língua espanhola e bilíngues (português-inglês ou espanhol ou francês), com o objetivo de difundir, em países latino-americanos e em outras regiões do mundo, a produção científica brasileira em saúde pública/coletiva e áreas afins.

Pesquisa avalia a trajetória da Editora Fiocruz
 
Em termos gerais, o objetivo do estudo de Canossa foi compreender os movimentos de produção, publicação e acesso ao conhecimento no campo, na perspectiva de contribuir para que o trabalho editorial acadêmico e seus livros participem mais efetivamente dos vivos debates que mobilizam e circunscrevem a área, por meio da análise da produção da Editora Fiocruz e no contexto da consolidação da pós-graduação em saúde (pública/coletiva) no Brasil.
 
João Carlos Canossa Pereira Mendes é graduado em Comunicação Social/jornalismo (1988), com especialização em Comunicação e Saúde e no segmento editorial técnico-científico e acadêmico. Desde 1996, atua como editor executivo da Editora Fiocruz. Seus orientadores no mestrado foram os pesquisadores da ENSP Luis David Castiel e Ricardo Ventura Santos.
 

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