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'Troca de experiências define o aprendizado'

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Publicado em:14/03/2013

'Troca de experiências define o aprendizado'Na abertura do curso de especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, o pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da ENSP Carlos Otávio Fiúza propôs uma reflexão acerca dos processos de formação e promoção da saúde e suas dimensões individual e coletiva. Ele, que é doutor em Educação e professor de Educação e Sociedade, promoveu, ainda, a análise sobre os efeitos das políticas públicas e o sentido das práticas por elas introduzidas. A aula inaugural da especialização em Promoção da Saúde ocorreu na quarta-feira (13/3), na sala 410 da ENSP.

Logo no início de sua apresentação, Carlos afirmou que a promoção da saúde está relacionada à percepção das relações entre condições de vida e saúde da população. Ainda que tenha nascido no campo da saúde coletiva, o conceito, segundo ele, convive com tensões entre uma visão mais ampla, voltada para os determinantes sociais, e uma percepção mais individualista, aplicada aos que formam os grupos sociais. "Essa tensão entre o macro e o micro aparece na promoção da saúde, e não desaparece na sua política. Qualquer que seja a discussão, temos de refletir sobre o sentido das práticas induzidas por ela".

Educação: uma constante reconstrução da experiência

Na sequência, o pesquisador, que desenvolve estudos sobre formação em saúde, falou a respeito da educação como reconstrução de experiências e reprodução de conhecimentos. Para isso, citou o filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey, que tratava a experiência como um processo de interação com o mundo. “A educação não se resume à transmissão de pensamentos. O aprendizado ocorre quando compartilhamos experiências”, afirmou Carlos baseado nos pensamentos do filósofo.

 
'Troca de experiências define o aprendizado'

Dessa forma, segundo ele, deve-se pensar no compartilhamento de experiências para conformar novas práticas e refletir sobre seus efeitos. “Precisamos estar atentos às características das experiências produzidas nas escolas, pois elas se prolongam em ações que se sucedem. Na formação dos cursos de saúde, por exemplo, deve haver atenção com a experiência de cada aluno, pois, no futuro, eles irão replicá-las aos pacientes”, explicou. Ao abordar os efeitos das políticas, afirmou que não se deve somente explorar sua parte conceitual, mas a viabilidade, a consistência e a construção dos processos. “Temos de refletir a respeito dos efeitos macro, micro e seus determinantes”, finalizou.

O curso de especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social é coordenado pela pesquisadora Maria de Fátima Lobato Tavares, e sua abordagem pedagógica tem como princípio estruturante a relação entre processo de trabalho e formação.
 

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