Busca do site
menu

Número de mulheres cientistas iguala-se ao de homens

ícone facebook
Publicado em:08/03/2013

No Dia Internacional da Mulher (8/3), o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq mostra que o número de cientistas do gênero feminino é praticamente o mesmo do gênero masculino. O Censo de 2010 indica que estão cadastrados na base cerca de 128,6 mil pesquisadores, e a metade é formada por mulheres. Essa realidade já foi diferente. Em 1995, por exemplo, de cada 100 pesquisadores apenas 39 eram do sexo feminino.

Contribuíram para a evolução desse percentual a universalização da educação e o avanço da ciência e da tecnologia nos últimos vinte anos. Para as pesquisadoras Hildete Pereira de Melo (UFF) e Lígia Rodrigues (CBPF), as mulheres estão presentes na produção do conhecimento no Brasil e, em certas áreas, como nas ciências humanas e sociais, a presença feminina é inequívoca e sua atuação expressiva. Nas áreas ligadas à saúde, cresceu muito o número de mulheres, e há importantes nomes femininos realizando pesquisas de relevância mundial.

Por outro lado, quando a liderança dos grupos de pesquisa é analisada, a participação feminina cai para 45%. Apesar disso, os números indicam uma evolução da presença feminina na realização de pesquisas ao longo dos anos. Se o critério comparativo for apenas por não líderes, o percentual de mulheres supera o de homens, respectivamente 52% contra 48%.

Preferências por Gênero - As mulheres têm predominância nas áreas de ciências humanas e sociais, como ilustra o quadro abaixo, mas as ciências exatas são dominadas pelos homens, principalmente as engenharias. Há um equilíbrio, por sua vez, nas áreas de saúde e agrárias.

Para as pesquisadoras Hildete Melo e Lígia Rodrigues, na publicação Pioneiras da Ciência do Brasil, a inclusão das mulheres nas profissões científicas tem se dado em ritmo mais lento do que em outras áreas, e há uma tendência de as ciências exatas - matemática, física, engenharias - atraírem relativamente poucas mulheres. Isso se explica, de acordo com as pesquisadoras, provavelmente pelas dificuldades em conciliar a vida familiar e a afetiva com a grande dedicação exigida pela prática da ciência, sobretudo considerando-se as atuais exigências de "produtividade" e a enorme competição inerente à atividade.


Fonte: Jornal da Ciência
Seções Relacionadas:
Divulgação Científica

Nenhum comentário para: Número de mulheres cientistas iguala-se ao de homens