INFORME ENSP

Um dos maiores orgulhos do SUS é o Programa Nacional de Imunizações. Institucionalizado em 1975, o PNI tem como objetivo principal vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país, e nos adultos também. Ele busca alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os municípios e bairros. Com base nessa perspectiva, o Centro de Estudos da ENSP realiza mais um encontro em 2012, no dia 31 de outubro, e reúne três especialistas para explorar o tema Introdução de novas vacinas em programas de imunização: critérios e desafios. A atividade, marcada para as 14 horas no salão internacional da ENSP, será aberta a todos os interessados e transmitida pela web no endereço www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/videos/.

Participam dos debates a assessora regional em Novas Vacinas da Opas/OMS, Lúcia Helena de Oliveira, o professor adjunto do Departamento de Clínica Médica da UERJ e integrante do Centro de Excelência Pro VAC da Opas/OMS, Denizar Viana e a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações do Brasil - Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Nair Florentina Menezes. A coordenação do Ceensp é do pesquisador da Escola Luiz Bastos Camacho.

Saiba mais sobre o PNI

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é hoje parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da Unicef e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A Secretaria de Vigilância em Saúde é a responsável pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Cabe a ela definir normas e parâmetros técnicos para as estratégias de utilização de imunobiológicos, com base na vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e no conhecimento técnico e científico da área. Também é papel da Secretaria de Vigilância em Saúde a coordenação das ações de vacinação de caráter nacional, além da aquisição, conservação e distribuição dos imunobiológicos que integram o PNI.

A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar diversas doenças imunopreveníveis, como varíola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, febre amarela, entre outras.

Desde 2004, o Ministério da Saúde passou a adotar três calendários obrigatórios de vacinação em todo o território nacional. Portaria do ministro da Saúde, Humberto Costa, assinada em abril daquele ano, estabelece as vacinas, doses e períodos de vacinação do Calendário Básico de Vacinação da Criança, do Calendário de Vacinação do Adolescente e do Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso.

Centro de Estudos em 2012

O Centro de Estudos da ENSP (Ceensp) é um espaço de atualização científica, com a troca permanente de experiências e conhecimentos entre pesquisadores de instituições do Brasil e de vários países, que vêm à Escola para debates com pesquisadores, alunos e demais interessados em contribuir com os diversos temas da saúde pública. Seu objetivo é apresentar e consolidar reflexões para a realidade de saúde pública e para o sistema de ciência e tecnologia.

Em 2012, a Escola já realizou 12 sessões do Ceensp. A primeira debateu a importância dos avanços científicos recentes na questão das mudanças climáticas globais, com exposição do professor da USP Paulo Eduardo Artaxo; na segunda atividade, o médico e pesquisador Michel Odent abordou a saúde do bebê desde a sua concepção até 1 ano de vida; a terceira sessão recebeu a economista do Institut d’Études Politiques da Universidade de Grenoble (França) Célia Himelfarb, que falou do tema Crise, regionalização e globalização. O quarto encontro debateu o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012), com o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Hêider Aurélio Pinto, e o coordenador-geral de Monitoramento e Avaliação do MS, Afonso Teixeira dos Reis. O tema do quinto Ceensp foi Tendências da política de combate ao crack: para onde vamos?, com exposições da secretária adjunta de Saúde de São Bernardo do Campo, Lumena Furtado, do pesquisador da ONG Psicotropicus Luiz Paulo Guanabara e do jornalista e autor do livro O fim da guerra, Denis Russo Burgierman.

A sexta atividade tratou da ampliação do conceito de riscofobia, com envolvimento dos determinantes sociais da saúde, por meio das exposições do diretor executivo do Isags, José Gomes Temporão, e do pesquisador do Demqs/ENSP Luiz David Castiel. Avaliação na perspectiva da promoção da saúde e da equidade foi o tema do sétimo Ceensp, explorado pela pesquisadora da Universidad del Valle, Colômbia, e assessora da OMS em Promoção da Saúde Ligia de Salazar. A professora de Filosofia e Direito da Universidade de Miami Susan Haack foi a convidada da oitava edição do Centro de Estudos, e sua palestra abordou o contexto epistemológico de correlação e causalidade definido pelo epidemiologista inglês Bradford Hill.

Com o tema Ética do acesso ao diagnóstico, prevenção, cuidado e pesquisa na tuberculose e Aids, o nono encontro teve como expositores o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do MS, Dirceu Greco, e o coordenador do Programa Nacional de Controle de Tuberculose do MS, Draurio Barreira. A governança das pesquisas com células-tronco no Brasil e comparações globais foi o tema apresentado pela pesquisadora visitante do Instituto de Economia da UFRJ Liliana Acero, no décimo Centro de Estudos. Território-Escola Manguinhos: todos somos aprendizes! foi o tema da 11ª edição, com exposições da representante da Rede de Desenvolvimento Tecnológico para Território Integrado de Atenção à Saúde (Rede PDTSP-Teias) Isabela Santos, o professor da UFRJ Carlos Eduardo Aguillera Campos, o professor da USP Marco Akerman e as pesquisadoras da ENSP Sandra Venâncio e Maria Alice Pessanha. Com o tema Uma maré de conflitos ambientais na América Latina e no mundo, o 12º encontro do Ceensp trouxe o especialista em Ecologia Política e Economia Ecológica da Universidade Autônoma de Barcelona Joan Martínez Alier até a Escola.