Saúde: insumo para o desenvolvimento sustentável
O pesquisador da ENSP Carlos Machado de Freitas participou da mesa de abertura do V Seminário Hospitais Saudáveis (SHS), promovido pelo Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. O tema abordado pelo pesquisador foi Crise ambiental e saúde no planeta: pensando o papel dos serviços de saúde a partir das questões da Rio+20. Segundo ele, o setor da saúde deve ser protagonista no processo da agenda verde, sustentável e saudável.
Na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro, tiveram destaque as seguintes questões críticas: empregos, energia, cidades, alimentos, águas, oceanos e desastres. Carlos Machado considera que a saúde está no coração da economia verde como um importante insumo para o desenvolvimento sustentável e é um resultado dele. O SHS deste ano foi dedicado ao lançamento da Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis.

O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS), que existe desde 2008, é uma associação sem fins econômicos. De acordo com o presidente do conselho do PHS, Vital Ribeiro, o objetivo do projeto é ser o ponto focal para o Saúde Sem Dano (SSD) no Brasil. Criado há 16 anos nos Estados Unidos, o SSD trabalha na mesma linha do PHS, mas se desenvolveu como uma organização internacional, hoje presente em mais de 50 países. O escritório de coordenação de SSD para a América Latina está na cidade de Buenos Aires. Além disso, informou Vital, conta com três escritórios regionais situados em Virginia (EUA), Bruxelas (Bélgica) e Manila (Filipinas).

Para Vital, cabe ao setor da saúde, por sua conotação de valor social e pelo respeito que a sociedade em geral tem por suas instituições, utilizar sua posição de destaque para liderar um movimento em direção a uma produção mais sustentável. Nesse modelo, o benefício e uma vida saudável e plena devem ser a meta, em vez das pressões por um modelo de maior oferta de bens e serviços, que não satisfazem às expectativas mais básicas da sociedade e podem contribuir para o agravamento do quadro geral da crise.
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