Seminário busca valorização da diversidade brasileira
Publicado em:17/09/2012
Com o objetivo de reconhecer e valorizar a diversidade, além de proteger e promover as artes e expressões culturais, o Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Oswaldo Cruz iniciaram, nesta segunda-feira (17/9), o evento Seminário e Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas para Cultura e Comunicação. O primeiro dia do encontro, que vai até o dia 19/9, reuniu negros, indígenas, intelectuais, ativistas, pessoas com deficiência, pessoas em sofrimento mental, mulheres, representantes do movimento LGBT, do governo federal, ribeirinhos e segmentos organizados de rádio, televisão, audiovisual e internet para contribuir na proposição de ações de comunicação para a cultura, que resultarão no Programa Comunica Diversidade, do MinC.
A Fiocruz participa do seminário por meio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da ENSP, que, em parceria com o Ministério, promoveu uma inovação fundamental para a temática da loucura e cultura em 2007: o Projeto Loucos pela Diversidade (MinC e ENSP/Fiocruz). A iniciativa é uma nova forma de pensar e fazer as políticas de saúde mental e a participação social, principalmente dos usuários, e de discutir e realizar a intervenção cultural, transformando o imaginário social sobre a loucura.
Presente na abertura do seminário nesta segunda-feira, o coordenador do Laps/ENSP, Paulo Amarante, afirmou que a ideia do evento é justamente contribuir para a constituição de uma cultura contra-hegemônica que contemple e prestigie a diversidade. “Fomos convidados pela parceria com o Loucos pela Diversidade para pensar em políticas alternativas que priorizem a parcela da população formada por negros, indígenas, pessoas com deficiência, pessoas em sofrimento mental, do movimento LGBT e várias outras. No primeiro dia, reunimos mais de 80 lideranças comunitárias para pensar na construção de propostas e debatê-las com os gestores nos demais dias do evento”, explicou.
As ações do Plano Nacional de Cultura serão desdobradas em um programa de iniciativas de comunicação para a cultura. Essas propostas, por sua vez, debaterão o fortalecimento da função do Estado na institucionalização das políticas culturais e promoverão o intercâmbio de experiências e ações coletivas entre diferentes segmentos da população, grupos de identidade e expressões culturais, além de universalizar o acesso dos brasileiros à arte e à cultura.
Oficina do Comunica Diversidade – Construindo Ações
Nos dias 18 e 19, no Hotel Scorial, será realizada a Oficina do Comunica Diversidade – Construindo Ações. Na ocasião, a sociedade civil e representantes de órgãos governamentais estarão reunidos em grupos de trabalho para debater as estratégias, promover o diálogo e o compartilhamento de experiências. Também faz parte da atividade identificar ações para o Programa Comunica Diversidade que colaborem no cumprimento do Plano Nacional de Cultura, em especial ao atendimento da Meta 45. Essa meta beneficia comunidades e povos tradicionais, culturas populares, indígenas, mulheres, negros e negras e outros grupos em situação de invisibilidade social, com a criação de uma política pública de comunicação para a cultura.
"No dia 18 de setembro, o secretário nacional de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, e a deputada federal Luiza Erundina estarão presentes para discutir as propostas de apoio às mídias alternativas com os movimentos sociais e culturais ligados à diversidade cultural. Também serão convidados pesquisadores e instituições da sociedade civil organizada que atuam como produtores, conhecedores e disseminadores de cultura das cinco regiões do Brasil que desenvolvam ações e atividades ligadas à temática de comunicação para a cultura", revelou Amarante.
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