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Dia Internacional da Redução dos Desastres Naturais: confira a atuação da ENSP

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Publicado em:13/10/2021
Hoje, dia 13 de outubro, foi instituído, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia Internacional de Redução dos Desastres Naturais. O objetivo é desenvolver a consciência mundial de risco e diminuição de catástrofes. 

 Na última semana, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), junto com outras instituições parceiras, realizou o II Seminário Internacional de Desnaturalização dos Desastres e Mobilização Comunitária: crises ampliadas, redes e resistências. A atividade teve como objetivo “desnaturalizar a concepção dos desastres e fortalecer os movimentos comunitários, considerando ser condição essencial para que novos regimes de produção do saber possam emergir e nos tornar capazes para enfrentar os radicais desafios das mudanças climáticas, na criação de novos modos de andar a vida.”

A pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Fiocruz) Simone Santos Oliveira foi uma das organizadoras do evento, que contou com a participação de pesquisadores da Argentina, Chile, Guatemala, México, Costa Rica e Portugal. A pesquisadora salientou que foram cinco dias com importantes discussões dando valor a todas as vidas. “Afirmarmos a necessidade de desnaturalizar a concepção dos desastres para fortalecer redes e movimentos comunitários, como uma postura ética e política, condição essencial para que novos regimes de produção do saber possam emergir e nos tornar capazes de enfrentar os radicais desafios das mudanças climáticas, resultado de nosso modelo de desenvolvimento. E, assim, possamos criar novos modos de andar a vida na perspectiva do bem viver.”

Leia o resumo da atividade feito pela pesquisadora Simone Oliveira sobre o seminário. 

"Nos dias 4 e 5 de outubro, realizamos sete oficinas e um curso, com um total de 1.950 inscrições, com a participação de muitos movimentos sociais, profissionais, e pesquisadores interessados em desastres, emergências e mudanças climáticas. Com destaque para a história das COPs, as possibilidades de descolonização das ciências dos desastres, o último relatório do IPCC e seus cenários, movimentos de atingidos, movimento de mulheres atingidas e interseccionalidade, experiências dos profissionais de emergências, estudo de metodologias territoriais para mapeamento de vulnerabilidades socioambientais e como realizar um bom jornalismo em desastres.

Entre 6 e 8 de outubro, realizamos seis mesas redondas, com mais de 1.300 participações. Nelas, alternamos discussões importantes para a desnaturalização dos desastres na América Latina, os movimentos organizados dos atingidos em busca de prevenção, e os desafios da área do direito e dos demais profissionais das emergências para apoiar esses movimentos. Por fim, para contamos uma outra história a partir das narrativas silenciadas e excluídas e ouvir as vozes destes territórios tivemos a Mesa final: Conversas sobre o Fim do Mundo ... E como adiar? Com Ailton Krenak e Nego Bispo nos oferecendo novas perspectivas na luta por direitos e pelo bem-comum."



Documentário sobre crimes de mineração no Brasil 

Em meados do ano, o Informe ENSP trouxe para o público o documentário Vidas Suspensas: Crimes da Mineração em processo, da aluna vinculada ao Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), Denize Nogueira, com orientação de Simone Oliveira e colaboração do pesquisador da Estratégia Fiocruz para a Agenda de 2030 Sergio Portella. O documentário teve como objetivo “construir uma narrativa que considerasse a complexidade dos rompimentos de barragens, com base na visão dos que foram atingidos por ela". 

Desastres, memória, atividade humana e saúde: os rompimentos de barragens da Vale S/A no estado de Minas Gerais em 2015 e 2019

A pesquisadora Simone Oliveira também coordena, junto com o pesquisador do Estratégia Fiocruz para a Agenda de 2030 Sergio Portella, um projeto no Cesteh que busca compreender a saúde dos trabalhadores diante de tragédias como essa de mineração. Intitulado “Desastres, memória, atividade humana e saúde: os rompimentos de barragens da Vale S/A no estado de Minas Gerais em 2015 e 2019”, o projeto tem como objetivo a compreensão das consequências para a saúde dos profissionais envolvidos e das populações atingidas pelos rompimentos das barragens e seus desdobramentos no território. 

A ideia é fazer um vídeo que, segundo a pesquisadora, tem o propósito de “dar visibilidade às vivências do território e ao sofrimento social (DAS, 2007) com base na compreensão das relações entre trabalho, saúde, memória e desastres nos rompimentos das barragens de Fundão (Mariana) e de Córrego do Feijão (Brumadinho), destacando os diferentes aspectos da relação entre conhecimento, gestão, comunidade e trabalho que condicionam os processos de vulnerabilização social.”


Gestão de risco de emergência em saúde pública é tema de curso na Fiocruz

 O Campus Virtual Fiocruz e o Observatório Covid-19, com o apoio do programa Vigiar SUS do Ministério da Saúde, lançaram o curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19.  Segundo a matéria de divulgação, o objetivo do curso é "contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva, tendo como base e apoio o programa Vigiar SUS – lançado pelo Ministério da Saúde para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública – e a participação do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que, durante toda a pandemia, vem realizando análises e proposições para seu enfrentamento. Ele é dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas é aberto a todos os interessados."

A coordenação acadêmica da formação é do pesquisador da ENSP Carlos Machado de Freitas. Clique aqui e saiba mais sobre o curso.



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