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Diretor da ENSP faz balanço de sua gestão

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Publicado em:03/05/2013

Antônio Ivo de Carvalho esteve nove anos à frente da Direção da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP). Foram dois mandatos e vários desafios enfrentados no âmbito da saúde nacional e internacional, das críticas ao SUS e das mudanças políticas no cenário global. Ainda assim, a Escola nunca deixou de se manter na vanguarda do debate e da construção de uma saúde pública para todos.

Em entrevista ao Informe ENSP, o diretor apresenta os avanços conquistados ao longo de sua gestão, iniciada em outubro de 2004, quando o então diretor Jorge Bermudez deixou o cargo para assumir a Unidade de Medicamentos Essenciais, Vacinas e Tecnologias da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, Estados Unidos. Em maio de 2005, Antônio Ivo foi eleito para seu primeiro mandato como diretor da Escola e, em 2009, para o segundo. A seguir, ele fala sobre as principais áreas da ENSP (pesquisa, ensino e assistência), a promoção e a realização de diversos eventos nacionais e internacionais, deixando um amplo legado para a próxima Direção, que será eleita nos dias 8 e 9/5 e toma posse no dia 24 do mesmo mês.

Informe ENSP: Nesses nove anos de gestão, a Escola cresceu vertiginosamente em diversos campos. Vamos começar falando da pesquisa. Quais são os destaques da área em sua gestão?


Diretor da ENSP faz balanço de sua gestãoAntônio Ivo de Carvalho: Criamos a Vice-Direção de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico como forma de reorganizar as linhas e grupos de pesquisa da Escola para, futuramente, ampliar o apoio à pesquisa, visando consolidar a excelência da ENSP como um centro de pesquisa em saúde pública reconhecido pela sociedade. As atividades de pesquisa em áreas estratégicas da saúde pública fizeram da ENSP uma referência em todo mundo. Tanto projetos institucionais como projetos de grupos interdepartamentais de pesquisadores são objetos de apresentação em congressos científicos no Brasil e no exterior, publicação de artigos, coletâneas e livros.

Com isso, a Escola passou a investir em programas voltados para a pesquisa e a inovação em saúde pública, com objetivo de promover o desenvolvimento e a difusão de tecnologias nessa área, utilizáveis no Sistema Único de Saúde brasileiro, a partir do acúmulo de conhecimento gerado na ENSP. Entre os muitos investimentos realizados, destaco o programa Inova-ENSP, criado em 2010 para apoiar pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde pública. O programa incentiva a implantação de uma estratégia institucional voltada para o fortalecimento da dimensão da pesquisa na ENSP, contribuindo para o reposicionamento da Escola como protagonista no que diz respeito a questões da esfera do Estado e de políticas públicas. Em 2010, foram 15 projetos selecionados, entre temáticos e universais, que receberam, no total, R$ 3 milhões. O valor foi o mesmo para o edital de 2013, com uma diferença: há uma parcela de recursos destinados a projetos para jovens doutores, com até oito anos de conclusão do curso. A edição de 2013 contemplou 22 projetos.

Além do Inova-ENSP, trabalhamos em busca da certificação de grupos de pesquisa e, consequentemente, sua consolidação na Escola. A ENSP inovou mais uma vez ao aderir previamente às novas recomendações propostas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no que diz respeito à certificação dos grupos de pesquisa. Para isso, a Escola já está adotando novas práticas de avaliação e estreitando sua relação com seus grupos de pesquisa. Atualmente, são cerca de 70.

Informe ENSP: Na sua gestão, a ENSP se associou à BioMed Central. O que isso representou?

Antônio Ivo: Desde novembro de 2009, quando a ENSP se associou à BioMed Central (BMC), editora de periódicos eletrônicos, de acesso aberto, em biomedicina, os artigos produzidos por pesquisadores da Escola vêm ganhando mais visibilidade em virtude da publicação em uma ampla carteira de periódicos. Atualmente, contabilizamos 42 artigos submetidos; destes, 20 foram aceitos. A partir de 2013, a iniciativa ganhou uma proporção ainda maior com a publicação de artigos em periódicos das editoras SpringerOpen e Chemistry Central, ambas também de acesso aberto, associadas à BioMed Central, que conta com 213 periódicos indexados. Essa expansão foi um fator muito relevante, pois as editoras SpringerOpen e Chemistry Central têm uma grande representação na área. A SpringerOpen foi lançada em junho de 2010 e é constituída de periódicos revisados pelos pares, além de abranger todas as disciplinas das áreas de ciência, tecnologia e medicina.

Informe ENSP: Atualmente, a Escola conta com quatro programas stricto sensu, com alto grau de excelência. Isso faz da ENSP uma referência entre as instituições acadêmicas do país. Qual foi a estratégia da sua gestão?

Antônio Ivo: Sempre buscamos garantir uma pós-graduação de excelência em todos os programas (Saúde Pública; Saúde Pública e Meio Ambiente; Epidemiologia em Saúde Pública; e Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva), com regulação e diretrizes institucionais, em busca do padrão de excelência internacional, mostrando a diversidade e a complexidade da Escola. Também não poderia deixar de destacar a ampliação dos mestrados profissionais e internacionais.

Em 2012, a ENSP ultrapassou a marca de 200 defesas de mestrado e doutorado. Os trabalhos defendidos nos quatro programas contabilizaram 211 teses e dissertações. Em destaque, o crescimento das defesas no mestrado profissional da Escola. Foi em 2011 que a Escola alcançou a casa das 2 mil defesas, totalizando 2.212 trabalhos apresentados ao longo de sua trajetória. Com a marca de 2012, a Escola se aproxima das 2.500 defesas em toda a sua pós-graduação stricto sensu.

Também oferecemos uma série de cursos fora da sede, no Rio de Janeiro. Nossa Escola está comprometida com a redução das desigualdades regionais na área acadêmica, uma vez que abraça iniciativas como o doutorado interinstitucional para universidades do Nordeste e mestrados profissionais em regiões mais carentes de formação. Também está comprometida com o apoio à estruturação de escolas de saúde pública em países africanos de língua portuguesa e em países da América Latina e, mais recentemente, iniciativas como o doutorado internacional com a Universidade de Coimbra.

Se, por um lado, a consolidação de laços de pesquisa aprofunda a internacionalização da ENSP, por outro, o apoio à formação de profissionais e docentes para as instituições nacionais busca sempre aperfeiçoar o Sistema Único de Saúde.

Mas não só de números se faz uma escola. Trabalhamos para impulsionar o desenvolvimento pedagógico dos programas de ensino, ampliando as inovações educacionais implantadas e visando a um alinhamento com os marcos da educação humanista e emancipadora. Dessa forma, promovemos convênio, por meio da educação a distância, com a Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação (UAB/MEC). Passamos também a utilizar tecnologias de videoconferência, ampliando, assim, nosso alcance nacional e internacional, inovando na área da educação em saúde.

Informe ENSP: A Escola buscou, ao longo dos últimos anos, fortalecer sua ação crítica perante o Estado e a sociedade a respeito de temas desafiantes e polêmicos da agenda pública. O que foi realizado nessa área?

Antônio Ivo: Criamos o blog Saúde em Pauta, que pode ser acessado a partir do Portal ENSP. Esse é um ambiente democrático de reflexão política, aberto a profissionais de saúde, que podem enviar opiniões sobre os temas em debate. Os temas serão incluídos de acordo com a análise de conjuntura, podendo refletir fatos, resultados de pesquisas, impacto na imprensa etc. Alguns dos temas debatidos nesse espaço são: Expansão da saúde suplementar ameaça o SUS? Participe do debate virtual; Drogas, políticas públicas e saúde; Rio+20 – Documento final: acesse e deixe seu comentário; Índice de desempenho do SUS.

A ENSP também vem atuando ativamente na organização de simpósios, seminários, centros de estudos e atividades científicas que despertam grande interesse em profissionais que atuam em outros municípios, estados e países e, em razão da distância, não podem comparecer a tais eventos. Por esse motivo, a transmissão dos encontros pela internet foi uma conquista importante, configurando-se em um valioso instrumento de divulgação, democratização e integração.

Ao longo dos anos, recebemos os mais diferentes convidados que abordaram uma infinidade de temas diversificados, principalmente em conferências de aniversário e de abertura do ano letivo da Escola. Podemos destacar, entre os muitos convidados, o músico e ativista político Marcelo Yuka; o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares; Marina Silva, na época ministra do Meio Ambiente; Carlos Minc, também ministro do Meio Ambiente na época; José Gomes Temporão, então ministro da Saúde; Gilberto Gil, ministro da Cultura na época; dom Mauro Morelli, ex-bispo da Diocese de Duque de Caxias; Marcio Pochmann, presidente do Ipea; Marcelo Neri, economista e chefe do Centro de Políticas Sociais; Boaventura de Sousa Santos, diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/Portugal; Sérgio Abranches, sociólogo e cientista político; Eugênio Vilaça Mendes, consultor em Saúde Pública do Banco Mundial; e João Pedro Stédile, coordenador do MST.

Ainda com a Vice-Direção de Pesquisa, promovemos a retomada das atividades do Centro de Estudos da ENSP (Ceensp), um importante espaço de atualização científica, com a troca permanente de experiências e conhecimentos entre pesquisadores de instituições do Brasil e de vários países, que vêm à Escola para debates com pesquisadores, alunos e demais interessados, com o objetivo de contribuir com os diversos temas da saúde pública. Seu intuito é apresentar e consolidar reflexões para a realidade de saúde pública e o sistema de ciência e tecnologia. Trata-se de um componente estratégico para a formação dos alunos, destinado à circulação de ideias e de diálogo com os diversos setores da saúde pública. Ao todo, desde 2006, já foram realizadas mais de 150 conferências, sempre com temas voltados para os assuntos em voga na sociedade brasileira e mundial.

Informe ENSP: Quanto à Vice-Direção de Coordenação Escola de Governo em Saúde (VDCEG), quais foram as conquistas mais representativas?

Antônio Ivo: Nossa gestão buscou consolidar a instância Escola de Governo como coordenadora das atividades de cooperação da Escola com órgãos do Estado e da sociedade e, também, com outras escolas de saúde pública, brasileiras e estrangeiras. Foram várias as iniciativas realizadas, como a oficina Atualização Conceitual e Programática da Escola de Governo; os estudos ENSP: uma Escola de Governo para o Brasil do Séc. XXI e Metodologia de Cooperação da VDCEG/ENSP; a elaboração pactuada das Diretrizes Estratégicas da Formação para o Estado da ENSP; a realização da pesquisa nacional que mapeia a situação das escolas e centros formadores; e o estabelecimento de um processo de acreditação pedagógica em saúde pública.

Apoiamos, ainda, a implementação do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde (Coap); qualificamos o sistema de Ouvidoria e Auditoria do SUS; apoiamos a implementação da Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no SUS; e as políticas de promoção da equidade no SUS em articulação com o movimento de educação popular em saúde.

Também no papel de função mediadora entre o ensino da ENSP e as necessidades de formação do SUS, a VDCEG tem atuado com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, no âmbito da Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS); a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, no âmbito da qualificação dos profissionais das redes de atenção priorizadas pelo Ministério e da formação de profissionais que atuam no enfrentamento da mortalidade materno-infantil; e da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde na qualificação de quadros em vigilância em saúde, sobretudo dos Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVs).

Ainda no papel de mediadora em relação ao ensino da ENSP, a VDCEG articulou a elaboração de um plano de trabalho conjunto de pesquisadores do Departamento de Ciências Sociais da Escola com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (MDS), no qual pesquisadores daquele departamento desenvolverão, nos próximos seis anos, um amplo programa de formação para os quadros do SUS em âmbito federal, estadual e municipal.

Atuando para fortalecer as iniciativas de outras Unidades da Fiocruz na função de Escola de Governo, a VDCEG articulou-se com o Canal Saúde para a elaboração e produção de uma minissérie televisiva, “Saúde em Cena”, que será utilizada como material pedagógico pelo Quali Conselhos – Programa de Apoio à Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no SUS. Essa iniciativa representa um salto no processo de inovação educacional da ENSP, articulando dramaturgia e ciência, ensino e entretenimento.

Em termos de cursos ofertados, destacam-se a segunda edição do Curso Nacional de Formação de Gestores do SUS, com cerca de 7.500 alunos; o QualiConselhos – Programa de Apoio à Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no SUS, voltado para 8 mil conselheiros de saúde; Curso de Formação para Agentes Comunitários de Saúde, que pretende qualificar cerca de 30 mil agentes comunitários em três anos; e o curso presencial de especialização em Saúde Pública, que, em cooperação com a SMSDC-RJ, formou 120 profissionais dos quadros da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.

Informe ENSP: No âmbito da cooperação nacional e internacional, quais foram as conquistas?

Antônio Ivo: Consolidando ainda uma cooperação no âmbito nacional, a VDCEG teve participação ativa na Rede Nacional de Escolas de Governo, que articula mais de cem escolas de governo de todo o país. Ficamos ainda responsáveis pelo lançamento do Portal da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública. Já no âmbito da Cooperação Internacional, a participação na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a ENSP é a Secretaria Executiva da Unasul Saúde e tem sido base para difundir o conceito-prática de Escola de Governo pelos países sul-americanos e para a criação da Rede de Escolas de Governo em Saúde do Unasul.

Informe ENSP: Nesse período, a Direção trabalhou também para consolidar os serviços assistenciais da Escola, no Centro de Saúde Germano Sinval Faria (CSEGSF) e no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), como centros de referência e polos de inovação nas respectivas áreas. Como tudo isso ocorreu?

Antônio Ivo: Uma das nossas conquistas foi a acreditação do Cesteh, que recebeu seu certificado de acreditação internacional no fim de 2011. O mesmo ocorreu com o Centro de Saúde, certificado no início de 2012. As certificações – frutos de grande empenho e investimento de recursos da Direção – concedem à ENSP o reconhecimento da qualidade dos serviços prestados à população. O processo foi realizado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), que aplica o método internacional da organização norte-americana Joint Commission International (JCI). Esse processo é uma avaliação externa que tem como objetivo criar e manter uma cultura de segurança na instituição e de qualidade no atendimento.

Liderança colaborativa e aperfeiçoamento contínuo dos processos, que incluem a escuta dos pacientes e seus familiares, foram critérios fundamentais para a certificação de ambos os departamentos, que pode ou não ser renovada a cada três anos.

Informe ENSP: O ensino também não foi esquecido no Centro de Saúde. Quais foram as conquistas?

Antônio Ivo: Em 2013, demos início à segunda turma do curso de Mestrado Profissional em Atenção Primária em Saúde da ENSP, com ênfase na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Esse curso de mestrado profissional integra o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola, uma iniciativa acadêmica reconhecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Criamos, ainda, o Programa de Residência Médica em Medicina de Família, cujo objetivo é proporcionar ao médico residente condições teóricas e práticas para desempenhar as ações de promoção da saúde e de uma atenção individual dentro dos princípios e da missão da Estratégia de Saúde da Família para a Atenção Básica de Saúde. O programa tem dois anos de duração, com 20% de atividades teóricas e teórico-práticas e mais 80% de atividades práticas de formação em serviço.

Informe ENSP: Como foi o processo de incorporação da iniciativa Território Escola Manguinhos (Teias) à ENSP?

Antônio Ivo: O Teias é fruto de uma cooperação inovadora tripartite entre o governo federal, por intermédio da ENSP/Fiocruz, e o governo estadual e municipal do Rio de Janeiro. Cabe à Escola fazer da região um território integrado de saúde como espaço de inovação das práticas do cuidado, do ensino e da pesquisa em saúde e melhoria da condição atual de saúde da população. Em menos de um ano de atividades, em 2010, a iniciativa Teias-Escola Manguinhos alcançou 100% da cobertura de saúde da família na região, contando, na época, com 13 equipes de saúde e ainda 3 equipes de saúde bucal.

Esse programa assume a responsabilidade de gestão direta da Atenção Primária à Saúde (APS), conforme modelo da estratégia de saúde da família, a toda a população residente. O Teias é um espaço de inovação, surge do conceito de bairro-escola aprendiz, desenvolvido em 1997 e definido como um espaço educativo estruturado em redes de relações intersetoriais.

Informe ENSP: Uma grande conquista para a ENSP é a modernização do parque laboratorial da ENSP, com a construção de um prédio de laboratórios. Qual seu significado para a Escola?

Antônio Ivo: Construir a Central de Laboratórios, com base em um Plano Diretor de Pesquisa e Serviços Laboratoriais, restaurando o papel da ENSP como produtora de conhecimento e serviços de ponta na área laboratorial da saúde pública era um dos desafios da nossa gestão. E conseguimos realizar isso. Reafirmamos nosso compromisso como uma instituição de referência na saúde pública ao lançarmos a pedra fundamental do novo prédio de laboratórios, cuja estrutura abrigará 23 laboratórios, vinculados a cinco de nossos departamentos. Esse projeto teve parceria dos chefes de departamento, da Coordenação de Serviços Ambulatoriais e Laboratoriais, da Dirac e da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Com isso, a ENSP ratifica sua excelência acadêmica e o comprometimento com o SUS na luta por melhores condições de saúde para a população e produção de conhecimento, sobretudo científica.

Informe ENSP: Na sua segunda gestão, a Escola lançou o Repositório Institucional buscando ampliar a divulgação de sua produção científica. O que isso significa?

Antônio Ivo: Entendemos o quanto é estratégico para uma instituição pública como a nossa disponibilizar e dar visibilidade a toda sua produção científica e fizemos isso colocando no ar o Repositório Institucional de Produção Científica. O acesso para inclusão de material no repositório é restrito aos autores da Escola (pesquisadores, funcionários e alunos). O repositório é fruto da Política Institucional de Acesso Aberto ao Conhecimento, que vem sendo desenvolvida pela Escola desde abril de 2011. De acordo com alguns estudos, as áreas de ciências da saúde e ciência política obtiveram aumento de 57% no índice de citações de artigos em acesso aberto. Áreas como psicologia e direito alcançaram 108% de aumento; na área de administração, o aumento foi de 92%; e a área de física chegou a 250% de aumento no índice de citações de artigos em acesso aberto. São números relevantes e reveladores.

Informe ENSP: A Política de Acesso Aberto da Escola foi um marco da sua gestão e um processo inédito entre as unidades da Fiocruz. O que esse importante passo significou?

Antônio Ivo: Desde setembro de 2012, a Escola Nacional de Saúde Pública dispõe de uma Política Institucional de Acesso Aberto - que marcou sua adesão a esse movimento global - como ato mandatório a seus pesquisadores. Essa política foi publicada oficialmente no site Registry of Open Access Repositories Mandatory Archiving Policies (ROARMAP). Outra novidade em 2013 é que o Repositório Institucional de Acesso Livre em Saúde Pública da Escola também se encontra devidamente registrado no OpenDOAR – um diretório acadêmico oficial de repositórios de acesso aberto. Essas ações contribuem para que a ENSP continue a expandir seu trabalho em prol do acesso aberto ao conhecimento científico. Nossa política visa à ampliação do acesso à literatura científica, para garantir o progresso da ciência e o desenvolvimento tecnológico.

A publicação da produção científica da ENSP em acesso aberto está disponível por meio do seu Repositório Institucional de Produção Científica. Trata-se de uma plataforma tecnológica que agrega uma base de dados com serviços e acesso via web. Seu principal objetivo é colocar disponível e com mais visibilidade a produção científica da ENSP.

Informe ENSP: A área das tecnologias da informação e comunicação (TICs) deram um grande salto nos últimos anos, e a ENSP não ficou para trás. O que foi feito como forma de integrar as novas tecnologias aos processos de pesquisa científica, ensino e aprendizagem?

Antônio Ivo: Nossa visão sempre foi desenvolver na ENSP a excelência na gestão e consolidar uma área de TICs, estabelecendo uma governança estratégia e participativa. Reconhecendo a contribuição cada vez mais decisiva da TI para a melhoria do desempenho das organizações, a Direção da ENSP tem dado enorme atenção para essa área, com vistas a estabelecer uma gestão mais integrada e profissional do setor, bem como renovar o parque de equipamentos e tecnologias da instituição, de modo a proporcionar melhores recursos e serviços de TI à comunidade da ENSP.

A partir disso, criamos a Comissão de TI, com representantes das áreas de Comunicação, Informação, Educação a Distância, que funcionou até a criação da Coordenação de Tecnologia de Informação. Foi criado também um Grupo de Trabalho, cujo objetivo é atuar em torno das políticas de TI, em que estarão implícitas normas de uso e manuseio da internet, conta de e-mail, aquisição, desenvolvimento e suporte a sistemas de informações, e a aquisição de hardware e software, dentre outras.

Informe ENSP: O trabalhador não foi esquecido durante sua gestão. Várias práticas inovadoras para ampliar a qualidade de vida e de trabalho na ENSP ocorreram nos últimos anos. O que você pode falar delas?

Antônio Ivo: A ENSP sempre demonstrou, ao longo do tempo, a constante preocupação com a sustentabilidade e, por meio de diversas ações, incorporou tais conceitos à sua prática cotidiana. A contratação com adoção de critérios socioambientais é realizada na Escola desde 2008. A necessidade de um tratamento sistêmico dessas ações direcionou a criação de uma Comissão de Gestão Sustentável, formalizada pela Portaria da ENSP GD-ENSP 017/2012, em 5/6/2012, de caráter multidisciplinar. A Comissão de Gestão Sustentável, vinculada à Vice-Direção de Desenvolvimento Institucional, tem caráter consultivo e indutor de políticas na área de sustentabilidade para a ENSP, tendo como finalidade elaborar as diretrizes da Política e do Plano de Ação da Gestão Sustentável e apoiar estudos e propostas que visem ao pleno cumprimento da legislação ambiental vigente, atuando de forma articulada com as diversas instâncias, buscando melhoria contínua de processos no que tange ao alcance da sustentabilidade socioambiental.

Mais recentemente, a ENSP inaugurou o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP), que vai ao encontro das prioridades estabelecidas pelo Brasil, como Estado-parte da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

A Tenda da Gestão Ambiental, ligada à preservação do meio ambiente - como a entrega de pilhas, óleo de cozinha e campanhas educativas -, é montada no pátio interno da Escola toda quinta-feira. Em colaboração com a Diretoria de Administração do campus (Dirac/Fiocruz), foi realizado um convênio com a Eletrobras para troca de aparelhos de ar-condicionado, com vistas à economia de energia.

Já o projeto Pedalando pela sua Saúde, pelo Nosso Planeta, é outra iniciativa. Ela é voltada para a qualidade de vida, que incentiva o deslocamento saudável e sustentável por meio de 24 bicicletas alocadas em dois bicicletários do campus Manguinhos, para serem utilizadas gratuitamente pelos colaboradores nesse local. O projeto é desenvolvido e executado pela ENSP desde 2008.

Mantivemos ainda os projetos Café da Manhã, gratuito para os trabalhadores da ENSP, o Palavras no caminho, campanhas de educação de trânsito para motoristas e pedestres etc.

Para finalizar, gostaria de agradecer a cada um dos trabalhadores e aos nossos alunos a confiança que depositaram em mim e na minha equipe nesses dois mandatos. Gostaria de destacar a dedicação e o empenho dos vices, que me ajudaram a conduzir, com seriedade, toda política institucional da Escola: meu muito obrigado à Margareth Portela, vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico; Maria Helena Mendonça, vice-diretora de Pós-Graduação; Marcelo Rasga, vice-diretor de Escola de Governo; e Francisco Braga, vice-diretor de Desenvolvimento Institucional e Gestão. Por fim, não posso deixar de agradecer a todos os membros do Conselho Deliberativo da Escola (CD-ENSP) que tanto ajudaram com suas ideias nos inúmeros debates e decisões tomadas em benefício de nossa Unidade.


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9 comentários
ANA CRISTINA DA MATTA FURNIEL
10/05/2013 11:50
Ivo falar da sua gestão na Ensp é fácil porque você foi um diretor que inovou, respeitou as diferenças e cumpriu com seu programa. É difícil porque não acho que nada que possa escrever representará meu agradecimento e reconhecimento por toda a confiança que depositou no meu trabalho e na área de comunicação. Vai deixar uma marca nessa Escola. Por mais que tenha amor pela escrita, e você sabe disso, nesse momento só consigo ficar com o meu muito obrigado. E seja qual for o caminho, estarei ao lado.
JENI VAITSMAN
09/05/2013 13:40
Antônio Ivo, deixo aqui meu reconhecimento por sua gestão ao longo desses 9 anos. Avançamos muito na área acadêmica, em parcerias estratégicas e em diferentes formas de cooperação. Seu papel agregador e de estímulo às mais variadas formas de inovação e de respeito à diversidade de nosso campo e nossa com unidade foi fundamental para tudo o que conquistamos até agora Certamente continuaremos com você daqui em diante e em novas frentes. Um grande abraço Jeni Vaitsman .
MARCOS IVAN NEVES DE CARVALHO
08/05/2013 19:09
Prezado Antônio Ivo, É com muito prazer que pude participar por longo tempo do convívio da sua pessoa por vários anos da sua gestão. Lembro-me até hoje do dia em que saí da sua sala com o ofício nas mãos endereçado ao Politécnico solicitando a minha transferência, passados onze anos deste fato. Começamos praticamente do zero a gestão de projetos ainda na recente criada (e apesrada) Escola de Governo, inicialmente no Projeto de Pesquisa Estratégica. Vencemos barreiras, avançamos posteriormente na gestão dos projetos do EAD e a seguir iniciamos através de uma parceria com a Fiotec a gestão de praticamente todos os projetos da ENSP. Lutamos muito contra grandes resistências, mas vencemos inúmeras barreiras até a ENSP hoje ter esta área sedimentada. Muito aprendi graças à você e muito lhe devo. Faço questão de manifestar meu agradecimento pelas oportunidades e apredizados que você me ofereceu. Deixo não apenas meu fraternal abraço, mas registrada também toda admiração por você, seja como pessoa ou seja como gestor.
FRANCISCO JOSÉ ROMA PAUMGARTTEN
08/05/2013 15:04
Prezado Antonio Ivo Normalmente evito me manifestar em situações como essa. Penso que os acertos e desacertos de um dirigente e seus colaboradores diretos só podem ser avaliados com o passar do tempo quando o impacto das decisões tomadas na trajetória da instituição rumo a excelência ou decadência podem ser adequadamente avaliadas. Não cabe também ao servidor agradecer ao gestor público a integridade e a boa gestão. Essas são obrigações de quem aceita o cargo e os inerentes desafios. O que posso testemunhar é que você cumpriu com os seus deveres de gestor público e mais uma vez ao longo das décadas que nos conhecemos não decepcionou. Vivemos hoje um momento de transição particularmente delicado para o futuro da ENSP como instituição acadêmica. Nesse sentido algumas iniciativas da sua gestão na área de pesquisa e desenvolvimento tecnológico merecem destaque e não podem retroceder na próxima direção. Em primeiro lugar, o INOVA-ENSP. Esse esforço de fomento à pesquisa com recursos orçamentários próprios é não só uma iniciativa inédita na história da instituição, como foi de fundamental importância para mantê-la presente no atual e altamente competitivo cenário da produção acadêmica. A seleção dos projetos por comitê externo à instituição e a imparcialidade com que o processo foi conduzido são sem dúvida aspectos louváveis. Igualmente importante foi o processo de credenciamento dos grupos de pesquisa ativos reconhecidos pela instituição. A associação a BioMed central, em que a ENSP arcou com os custos de publicação de artigos de seus pesquisadores em periódicos de bom nível e de livre acesso, é sem dúvida um dos notáveis acertos. O apoio da ENSP à Política de Acesso Aberto e o Repositório Institucional da Produção Científica, são também avanços importantes em relação aos quais não pode haver recuos. Por último, não pode deixar de ser mencionado o apoio ao Departamento de Ciências Biológicas, e o esforço em elaborar o projeto e lançar as bases para construção de um moderno prédio de laboratórios que abrigará o DCB e setores de outros departamentos da Escola. É fundamental que a próxima gestão leve adiante o que foi delineado em exaustivo processo de discussão e detalhamento e continue lutando pela liberação dos recursos necessários para a edificação do prédio. O compromisso é não só construir fisicamente o prédio, como também não desvirtuar a sua destinação. Francisco Paumgartten
ADRIANA HAMOND REGUA MANGIA
07/05/2013 16:09
Caro Antonio Ivo, Gostaríamos de agradecer sua atuação ímpar como Diretor na estruturação da Coordenação de Serviços Ambulatoriais e Laboratoriais, que tem como atribuições formular e coordenar a política constitutiva do Plano Diretor inerente aos serviços ambulatoriais e laboratoriais; coordenar a qualificação dos referidos serviços; estruturar o polo laboratorial com ênfase no desenvolvimento do projeto do novo prédio de laboratórios; dentre outras. Destacamos também o seu papel relevante no sucesso da obtenção dos certificados de acreditação do CSEGSF e do CESTEH pela Joint Commission International (JCI/CBA) assim como sua manutenção. Ressaltamos também seu empenho na implementação dos critérios da acreditação (JCI/CBA) no CRPHF visando o reconhecimento nacional e internacional em futuro próximo. Parabéns pelo excelente e árduo trabalho !!!!!!! Adriana Regua e Ana Beatriz
NILSON DO ROSÁRIO COSTA
07/05/2013 11:38
Antônio Ivo, parabéns pelos nove anos de gestão bem sucedida da ENSPI Quero especialmente elogiar o ambiente de liberdade, autonomia e acolhimento às iniciativas inovadoras da sua gestão. Seria impossível alcançar os números expressivos de produção científicas, dissertações, teses, além da importante inserção nas políticas públicas nacionais e na cooperação internacional, sem que o ambiente de liberdade à criação não existisse na ENSP. Você foi um correto e sereno guardião dessa faceta singular e inestimável da ENSP! Temos agora um grande desafio da consolidação institucional do que conquistamos! A sua presença na ENSP como uma liderança legítima e reconhecida por todos é o que desejamos para os próximos anos, diante do desafio da ampliação do diálogo e da superação das divergências pontuais sobre os novos caminhos para a ENSP. Congratulações! Um grande abraço, Nilson do Rosário Costa
SERGIO KOIFMAN
07/05/2013 09:37
A extensa lista de realizações apresentada por Antonio Ivo em sua entrevista é eloqüente por si só, e retrata sua contribuição pessoal para a ampliação e crescimento alcançados pela Ensp em sua gestão. Mas há outro aspecto marcante que a entrevista não retrata: o perfil por ele assumido como diretor, abrindo a porta de seu gabinete a todos, refletindo sobre as demandas apresentadas, e tomando as decisões que considerasse pertinentes. Desta forma, marcou seu mandato na Ensp como um verdadeiro dirigente, apontando caminhos e abrindo espaços para a implementação das idéias que considerasse as mais adequadas para a Ensp. Aprendi a respeitar Antonio Ivo ainda na década de 60, quando ambos ingressamos na universidade, embora estudando em instituições distintas e sem mesmo nos conhecermos. Ao longo de sua historia de vida, seu perfil de organizador comprometido e aberto às criticas se fortaleceu, sendo colocado à prova em diversos momentos durante sua gestão. Como coordenador do Programa de Pós-graduação Saúde Pública e Meio Ambiente, tive oportunidade de vivenciar de perto seu perfil de atuação como dirigente justo, íntegro e isento. Criado em 2005, este programa experimentou antes mesmo de seu nascimento fortes pressões contrárias àquela iniciativa. A atuação de Antonio Ivo foi decisiva para criação da nova Pós, bem como no anos seguintes, quando se acentuaram as pressões de círculos próximos a Direção para uma intervenção no nascente Programa. A estas, o corpo docente respondia com o trabalho cotidiano e permanente, e ele na Direção, com as garantias institucionais que barrassem o efeito paralisante para a continuidade das atividades acadêmicas. Mas sua atuação não se restringia ao exercício de seu legítimo poder enquanto diretor freando hostilidades em relação a Pós em Saúde Ambiente. Antonio Ivo atuou sempre com entusiasmo pessoal estimulando todas as iniciativas para a inovação e ampliação das atividades acadêmicas, incluindo os cursos de Invernos do Seminário David Capistrano da Costa Filho em Saúde Ambiente, o estabelecimento da já duradoura Associação Temporária entre o Programa de Pós-graduação Saúde Pública e Meio Ambiente e a Universidade Federal do Acre para a criação do Mestrado em Saúde Coletiva naquele Estado, único programa de pós-graduação strito sensu em Saúde Coletiva existente na Amazonia, entre diversas outras realizações por ele estimuladas. O papel que hoje o Programa de Pós-graduação Saúde Pública e Meio Ambiente detém não so na Ensp como no país, recebendo alunos de diversos estados e mesmo de outros países, teve sem sombra de dúvida um avalista, e ele foi Antonio Ivo. Para o dirigente que se afasta no momento de conclusão de seu mandato na Ensp, e o colega que permanece na Fiocruz, agradecemos de público sua postura exemplar e desejamos um futuro pleno de realizações pessoais em suas futuras atividades profissionais
VALÉRIA DA SILVA FONSECA
04/05/2013 18:37
Prezado Ivo, Quero agradecer pelo registro feito em relação aos avanços e atuais ações da área de TI na ENSP, já que no debate dos candidatos ocorrido no último dia 29/04, não era pertinente responder a uma inconformidade de informação passada por um dos candidatos, quando afirmou que a área de TI estaria largada. Nesta gestão, como bem lembrado, foi criada em 2009, uma comissão de TI integrada por representantes do então SERINF, EAD e CCI que culminou dois anos após,em 2011 na Portaria que criou a Coordenação de TI, que responde pelas atividades de TI no âmbito da ENSP. Desde então, vários projetos tem sido levado a êxito e estabelecida uma interlocução extremamente qualificada e positiva com as sub-unidades da ENSP. Dentre os projetos de impacto para a ENSP, julgo oportuno registrar alguns: - aquisição de todo um novo parque de servidores computacionais, storages, racks e switches; - renovação de 40% das estações de trabalho( iniciativa que deverá ter continuidade até 2014); - aquisição de licenças de uso de produtos Microsoft( Windows, OFFICE, Project, Share Point, System Center e outros); - aquisição de software de email através da solução MS Exchange que brindará os usuários com uma ferramenta robusto e repleta de funcionalidades, cuja a fase de instalação iniciar-se-á em aproximadamente 30 dias. - mudança do modelo de gestão/governança da TI, que permitiu sairmos de um modelo sob gerência exclusiva da iniciativa privada e passagem a outro com gestão efetuada por profissionais do quadro, favorecendo a criação de uma inteligência institucional em TI. Outras iniciativas encontram-se em curso, e no esteio destas creio que seja absolutamente relevante informar a comunidade que os prédios Ernani Braga, Joaquim Alberto Cardoso de Melo e 1 de Maio(Cesteh), já contam com a nova rede wi-fi devidamente instalada e pronta para operar . No âmbito deste projeto, a ENSP é PIONEIRA no campus MANGUINHOS com a implantação de um hot spot(serviço de registro de usuários e emissão de chave de ativação). Este projeto, faz parte de um " case" que será apresentando a outras unidades da FIOCRUZ. A rede wi-fi será colocada em operação gradativamente, iniciando pelo prédio Ernani Braga, CESTEH e Joaquim Alberto Cardoso de Melo. Aguardamos para tal, o ok da DINFRA que acompanha a finalização do aterramento da rede de dados nestes prédios. Outras iniciativas como o outsourcing de impressão, tem ofertado serviços cada mais qualificados a comunidade ENSP, e deste modo temos pautado nossas ações. O próximo quadriênio de gestão, certamente imporá outros desafios, e contamos com a manutenção das ações pró-ativas da direção e seu respectivo vice-diretor, fim de que possamos manter e/ou elevar a qualidade dos serviços de TI na ENSP. Abs Valéria da S. Fonseca Coordenadora de TI/ENSP
LIGIA GIOVANELLA
03/05/2013 18:30
Antonio Ivo, Parabéns e obrigada pela sua gestão da Ensp com dedicação, presença constante, miríade de iniciativas e apoio as nossas múltiplas demandas. A Ensp com vc na direção esteve viva e ativa no ensino, na produção de conhecimento, no desenvolvimento científico com qualidade e na contribuição para concretização do SUS como sistema público universal de qualidade.