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Nas três últimas décadas, os avanços nas metodologias analíticas permitiram à comunidade científica compreender que os resíduos de fármacos não sofriam degradação completa nos meios aquáticos receptores. E mais ainda, que sua persistência e eventual acumulação poderiam exercer efeitos biológicos em organismos expostos por via ambiental. Apesar de se encontrarem em níveis muito baixos, as substâncias de utilização farmacêutica são capazes de causar efeitos nocivos em organismos aquáticos, que começam hoje a ser compreendidos devido a metodologias cada vez mais sensíveis, que procuram integrar parâmetros toxicológicos com maior relevância e com superior interesse ecológico. Assim, a Conferência Internacional em Toxicologia visa fazer um balanço dos últimos 15 anos de pesquisa nesta área levada a cabo por intermédio do seu autor, com particular ênfase para os progressos consistentes que se têm feito nesta área, e com as mudanças de paradigma que se operaram na análise dos efeitos ambientais de fármacos. |
