INFORME ENSP

No último dia (29 de novembro) de atividades de premiação da 7ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP) e o Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/CST/Direh) realizaram uma ação envolvendo alunos e professores participantes da OBSMA, com o intuito de despertar a consciência dos mesmos acerca dos impactos do tabagismo no meio ambiente. A atividade consistiu na coleta de pontas de cigarro pelo campus.

Na ocasião os participantes foram divididos em cinco equipes, que tiveram cerca de meia hora para recolherem pontas de cigarros jogadas no chão e em jardins, no perímetro que reúne a ENSP, o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (Cesteh/ENSP) e a Escola Politécnica Joaquim Venâncio. A técnica do Nust/CST Valéria Silva, responsável pela execução do projeto "Controle do Tabaco", do Programa Fiocruz Saudável, abriu a atividade e explicou as regras.

Estudantes e professores ficaram impressionados com a quantidade de guimbas encontradas em um curto espaço de tempo e de espaço e emitiram um alerta na instituição acerca do tema. “Não esperava achar uma quantidade tão grande e principalmente pelo chão, até mesmo perto de lixeiras”, surpreende-se a mineira Luciana Vilela, professora de Geografia da rede estadual de Minas Gerais. O jovem Felipe, 12, estudante de Alagoas comentou a importância da iniciativa. “A atividade foi boa para nos conscientizar da importância do descarte adequado, que precisa ser reforçado mesmo em uma instituição de saúde”.

Equipe do Cetab/ENSP dialoga com os participantes

A assistente de pesquisa do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde, Hannah Carvalho explicou a importância da atividade e principalmente do descarte correto dos resíduos do cigarro, e abriu diálogo com os participantes. Na roda, o paradoxo do fumo em uma instituição de saúde tornou a aparecer. “A instituição é feita de pessoas e o fumo por vezes é uma questão cultural. Mudança de cultura é necessária para mudar hábitos, nos casos em que o consumo do tabaco não ocorra devido ao vício”, argumentou um dos participantes.

Valéria contextualizou a ação. "Sabemos que é comum crianças e jovens aprenderem através da experimentação e da crítica ao pré-estabelecido. Mas sabemos também que é crescente o interesse deles pelas questões ambientais. Esta atividade mobiliza e desperta para o impacto ambiental do tabagismo e insere a importância de prevenir a iniciação e de promover a cessação."

Hannah encerrou a atividade fornecendo algumas informações sobre o tabagismo no mundo e impacto ambiental das pontas de cigarro. Segundo o levantamento, 6 milhões de mortes são atribuídas ao cigarro anualmente, sendo essa a principal causa de morte evitável no mundo. As guimbas podem levar até 15 anos para se decomporem, são tóxicas, podem causar incêndios e mais de 4 trilhões são descartadas indevidamente ao ano.