Pesquisadora do Claves/ENSP recebe Prêmio Francisco Mercado 2025 de Melhor Tese de Doutorado
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) parabeniza a pesquisadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP) Mayalu Matos Silva, que foi agraciada com o Prêmio Francisco Mercado, da Associação Ibero-americana de Pesquisa Qualitativa em Saúde. A sua pesquisa "Controle de substâncias ilícitas e seus impactos em violência e saúde: Estudo de caso no Rio de Janeiro (Brasil) e Lisboa (Portugal)" foi laureada como a melhor tese de doutorado da edição 2025. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 7 de novembro, durante o XI Congresso Ibero-Americano de Pesquisa Qualitativa em Saúde, em Santiago, no Chile.
“Me sinto muito honrada em ganhar esse prêmio, em ter meu trabalho reconhecido por essa comissão julgadora, composta por investigadores de diversas instituições renomadas da ibero-américa. O prêmio busca destacar as desigualdades na ibero-américa e esse foi um mote da minha investigação, buscando reconhecer os diferentes impactos das políticas de drogas em duas regiões bastante diferentes como Europa e América Latina, Portugal e Brasil”, compartilhou a pesquisadora.
Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, da ENSP/Fiocruz, Mayalu desenvolveu seu trabalho sob orientação da professora Patrícia Constantino e teve, como coorientadores, os professores Bruno Sena Martins e Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva. A tese aborda as diretrizes de controle e enfrentamento ao comércio de drogas ilícitas em Portugal e no Brasil em relação à violência e saúde. Assim, analisa o contexto da política de drogas a partir das relações de poder oriundas da colonização, mas ainda presentes nas localidades analisadas.
A pesquisa destaca que o país europeu construiu uma abordagem integrada e baseada na saúde pública, com resultados virtuosos, enquanto a abordagem brasileira, centrada no sistema penal e de justiça, apresenta resultados insuficientes para os problemas enfrentados. Nas duas realidades, as populações racializadas e economicamente vulneráveis sofrem os maiores impactos.
“Ao ganhar esse prêmio, honro todas as oportunidades e apoio que tive tanto do meu departamento, quanto da ENSP e da Fiocruz. A oportunidade de fazer o doutorado sanduíche, o apoio da Capes, a recepção e aprendizado que tive no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal. Gostaria de dedicar essa conquista a todas as pessoas que colaboraram para a realização da pesquisa, compartilhando comigo conhecimentos preciosos, especialmente, todas as colegas do Claves, pelo aprendizado coletivo e cotidiano que tenho tido desde o primeiro dia, e nossa pesquisadora emérita, Maria Cecília Minayo, por toda inspiração e dedicação à pesquisa qualitativa em saúde”, concluiu Mayalu.
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