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ENSP lança Observatório de Saúde Mental, Direitos Humanos e Políticas Públicas nesta segunda-feira (11/7)

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Publicado em:11/07/2022


Nesta segunda-feira, 11 de julho, será lançado o Observatório de Saúde Mental, Direitos Humanos e Políticas Públicas, organizado pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da ENSP. O Observatório é dispositivo para o acompanhamento, registro, pesquisa e formação no campo das políticas de saúde mental, álcool e outras drogas. Ele possui como eixos estratégicos a defesa dos Direitos Humanos, a análise das políticas públicas e a produção científica voltados a subsidiar o campo da Saúde Mental e da Reforma Psiquiátrica. O lançamento será transmitido, ao vivo, às 19h, pelo canal do Laps no Youtube. Participe!

De acordo com a coordenadora do Laps/ENSP, Ana Paula Guljor, o tema dos Direitos Humanos é muito relevante para o campo da Saúde Mental e, principalmente, para o campo da psiquiatria e suas instituições. "Por um lado, em decorrência do próprio conceito de doença mental, associada à ideia de periculosidade e de risco social que produziram, historicamente, formas violentas de tratamento em manicômios, colônias de alienados, e, atualmente, nas comunidades  terapêuticas. Os relatórios das inspeções realizadas pelos Conselhos Federais de Psicologia e Serviço Social, pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, e pelo Mecanismo Nacional de Combate à Tortura, demonstram, amplamente, as várias  formas explícitas de violações dos Direitos Humanos das pessoas recolhidas à estas instituições", adverte ela.  

Segundo Guljor, existem todas as questões relacionadas ao campo dos Direitos Humanos em Saúde Mental decorrentes do estigma, das discriminações, dos impedimentos, dos silenciamentos, dos constrangimentos e do assédio moral, que constituem práticas cotidianas de exclusão e rejeição às pessoas com diagnósticos ou suspeitas de transtorno mental. A Reforma Psiquiátrica, cujo eixo estruturante é o cuidado em liberdade e o protagonismo de usuários em saúde mental, seja sobre suas vidas e histórias e/ou na construção das políticas públicas e intervenções territoriais explicita um lado oposto: a resistência e a luta emancipatória.

"Deste modo, desenvolvem-se práticas, iniciativas e concepções que atuam no sentido de promover os Direitos Humanos daqueles que são vulnerados, excluídos e silenciados. Como exemplo as experiências de geração de renda, arte e cultura, associativismos, dentre outras, estimulam os laços e vínculos sociais, a noção de coletividade e território, de pertencimento, continência, reciprocidade, solidariedade e cooperativismo social. Este conjunto de ações defendem e valorizam a vida, reconhecem o outro como sujeito de direito, como arte do coletivo, como cidadão, abraçando a singularidade e a diversidade", destaca a coordenadora.

Para Ana Paula, o Observatório de Saúde Mental, Direitos Humanos e Políticas Públicas através do registro, pesquisas, divulgação científica, formação de pensamento crítico e subsídio para a formulação de políticas públicas é, antes de tudo, um dispositivo de defesa e promoção na interface dos campos da Saúde Mental e dos Direitos Humanos; um espaço ao mesmo tempo físico, virtual e simbólico.

Serviço:
Lançamento do Observatório de Saúde Mental, Direitos Humanos e Políticas Públicas
Data: segunda-feira, 11 de julho, às 19h
Transmissão ao vivo: Canal do Laps no Youtube

Clique aqui e acesse o convite. 

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