Revista 'Radis' do mês de julho já está disponível on-line
Acessibilidade é o tema da reportagem de capa da revista Radis do mês de julho, nº 130. O editorial da publicação, disponível on-line, ressalta que todo o mundo é diferente e pode apresentar deficiências em algum momento. A reportagem constata, segundo o IBGE, a existência, no Brasil, de 45 milhões de pessoas que declaram ter alguma deficiência. Essa edição traz, ainda, a reportagem sobre a medicina integrativa do SUS e suas práticas complementares e uma entrevista com o professor emérito da Fiocruz, ex-diretor da ENSP e atual pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa, Luiz Fernando Ferreira.
Todos devem caber na sociedade inclusiva é o título da reportagem que questiona quem cabe no ‘todos’ do SUS. A matéria aborda questões sobre Atendimento integral, igualdade da assistência à saúde, o Programa Viver sem Limite, formulado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu marco civilizatório, entre muitas outras visões e perspectivas do tema. O texto conta com a colaboração de diversos pesquisadores e especialistas da área. Por exemplo, a jornalista Claudia Werneck aponta que a acessibilidade não beneficia apenas as pessoas com deficiência: Segundo ela, “ainda é tratada equivocadamente como tema de interesse de grupos vulneráveis, sem que se perceba que nós somos resultado de um sistema e tamanha desigualdade e discriminação destrói o bem-estar desse sistema”.
A entrevista que Luiz Fernando Ferreira concedeu à Radis contou com a colaboração do também pesquisador da ENSP e seu fiel escudeiro – assim chamado por Luiz Fernando -, Adauto Araújo e falou sobre a trajetória do pesquisador e sua paixão pela ciência. Sobre as contribuições da Paleoparasitologia à saúde pública, Luiz Fernando apontou que “ela recebe contribuições de várias áreas, mas retribui com conhecimentos sobre a evolução das doenças e dos parasitas. Hoje, estamos discutindo Doença de Chagas, sobre como evoluíram os trypanosomas, quem foram os primeiros hospedeiros, quando estes se diversificaram. Você pode compreender a filogenia dos parasitas para melhor combater as doenças. Você também pode estudar migrações, hábitos alimentares... É um mundo de possibilidades”.
Outras medicinas no SUS é tema de uma reportagem que fala sobre essas práticas integrativas e complementares, ou ‘alternativas’ – como se costuma chamar – que contam com política específica do Ministério da Saúde e ampliam as possibilidades de cuidado do Sistema Único de Saúde. No texto é ressaltado que a acupuntura, a homeopatia, o tratamento com plantas medicinais (fitoterapia) e diversos outros recursos não alopáticos são tradicionalmente utilizados no país e, ao longo de toda a vida, dificilmente algum de nós, brasileiros, não ouviu falar, ou mesmo recorreu a pelo menos a um desses tratamentos denominados genericamente como alternativos — termo que não faz jus ao potencial dessas práticas que podem ser utilizadas como primeira opção de tratamento e não em último caso, como apontam os profissionais e estudiosos da área.
Confira, na íntegra, todas as reportagem desta edição.
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