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Confira as ações da Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores(as) ao SARS-COV-2

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Publicado em:16/06/2021
A Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-COV-2 surgiu no início de 2020 devido à crescente demanda dos trabalhadores por informações a respeito da Covid-19. Seu objetivo é orientar os planos de contingência e protocolos por local de trabalho e ramos produtivos, conhecendo, assim, as condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores dos serviços essenciais que estão atuando não apenas junto a pacientes, como também à população potencialmente infectada pelo SARS-CoV-2. A intenção é subsidiar ações de mitigação dos riscos à saúde.
 
Utilizando dados, informações, conhecimento e comunicação, a Rede produziu ao longo de todo ano, e continua produzindo, documentos que servirão de base para esses trabalhadores. Confira as ações realizadas pelo projeto até agora. 

Boletins Informativos

Até o momento, a Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-COV-2 divulgou seis boletins.

O primeiro boletim trouxe divulgações de normas e orientações de prevenção à saúde dos trabalhadores, oferecendo, também, a oportunidade para que profissionais e pesquisadores da área da Saúde troquem informações sobre o tema. O primeiro informe abordou dois temas: o trabalho como determinante da exposição ao vírus e a classificação de risco dos grupos ocupacionais expostos aos SARS-Cov-2.

O segundo boletim Rede de Informação sobre a Exposição ao Agente SARS-Cov-2 objetivou evidenciar a mortalidade pelo novo coronavírus na classe de trabalhadores e trabalhadoras. Segundo consta do documento, a análise sobre ocupação, características desse segmento e a mortalidade pelo SARS-Cov-2 ajudam no entendimento de maior probabilidade de exposição. 

Do terceiro boletim em diante, os informes foram direcionados para uma classe de trabalhadores específico. Trabalhadores rurais foi o enfoque do terceiro boletim, que trouxe orientações conjuntas do CDC e do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, entidades que fornecem modelos de ação para a proteção desses trabalhadores, já que, na agricultura, os principais desafios para a redução da Covid-19 são as habitações e os transportes compartilhados pelos profissionais rurais. 

Orientações para os trabalhadores da construção civil foi o tema do quarto boletim que divulgou recomendações e padrões de segurança – com base no documento da Occupational Safety and Health Administration (OSHA), a agência de departamento do trabalho americana – para esse grupo de trabalho. O boletim se dividiu em quatro partes e destinou orientações para diversas áreas, como as medidas de controle de engenharia, medidas de controle administrativo, uso de máscaras na construção civil e práticas de trabalho seguras.

O quinto boletim orientou uma classe de trabalhadores que sofreu e tem sofrido bastante com a pandemia da Covid-19, o setor petroleiro. O boletim sugeriu, assim como nas outras edições, a realização de avaliação de risco, para analisar as atividades que tenham maior contato e elaboração de medidas para proteger esses trabalhadores. Além disso, o documento sugeriu o adiamento das atividades não essenciais que apresentarem alto risco de exposição. 

O sexto boletim levou informações e orientações para o setor frigorífico. O informativo alertou que esses trabalhadores não ficam expostos ao SARS-CoV-2 por meio dos produtos que manipulam, e sim pelo ambiente de trabalho e os meios utilizados para chegar até lá. Além de trabalharem próximos uns dos outros, as fábricas de frigorífico são ambientes que propiciam o espalhamento do vírus, uma vez que são pouco ventiladas com ar natural devido ao produto manipulado.

Questionário Digital 

A Rede de Informação sobre a Exposição ao Agente SARS-Cov-2 em trabalhadores e trabalhadoras lançou, oficialmente, o questionário digital que visa obter respostas de diversos trabalhadores e trabalhadoras, para a melhoria da condição de saúde e de vida no trabalho.
O questionário lançado pela Rede é um instrumento de comunicação de risco nos ambientes de trabalho, a partir do registro de dados sobre organização do trabalho e percepção de risco, que serão preenchidos pelos próprios trabalhadores. Esse questionário está dividido em duas modalidades: a primeira que aborda a estrutura de trabalho presencial, e a segunda, o trabalho remoto. Os dados oriundos deste inquérito serão unificados posteriormente. A estrutura temática passa por temas como: saúde, ambiente de trabalho, avaliação de risco, medida de prevenção e proteção, assistência médica, formas de participação dos trabalhadores no controle e automação dos processos de trabalho.

A estrutura escolhida para o armazenamento do questionário foi a Redcap devido à segurança de dados, recursos de guardar as informações, análise de dados latitudinais, dentre outros. Para facilitar ainda mais o preenchimento, foi elaborado um card explicativo com orientações do preenchimento.

Devido a necessidade de ajuste sugeridas pelos próprios trabalhadores, a Rede reformulou o questionário e fez um novo lançamento em uma reunião junto com o setor frigorífico. 


Apoio de sindicatos e Ministério Público do Trabalho 

A Rede fez diversas reuniões com vários sindicatos a fim de divulgar e propagar cada vez mais o projeto. Além disso, as informações coletadas irão auxiliar o Ministério Público do Trabalho e diversas outras entidades em tomadas de decisão. 

O projeto é constituído pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), incluindo o Centro de Estudos e Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz), a Plataforma Renast On-line - Fiocruz Brasília, a Universidade Federal da Paraiba e o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e Ambientes de Trabalho (Diesat).

Instituições internacionais também estão na articulação feita pela rede para dinamizar o trabalho e cooperar com o desenvolvimento das metodologias do projeto, com base em três áreas do conhecimento, ciência da computação — pela The University of British Columbia, epidemiologia ocupacional — pela Fondazione IRCCS Ca' Granda Ospedale Maggiore Policlinico e ação coletiva — pela Universidad Nacional de Colombia. 








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