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Cuidados Paliativos: curso da ENSP destaca a importância da formação para o SUS

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Publicado em:25/10/2021

*Por João Chagas, sob supervisão de Tatiane Vargas

Em outubro, mais especificamente no segundo sábado do mês, é celebrado o Dia Mundial de Cuidados Paliativos. Este ano, o tema da campanha é: Não deixe ninguém para trás - Equidade no acesso aos Cuidados Paliativos. O objetivo é fazer um apelo para o acesso equitativo até 2030.

Para falar sobre a importância da formação dos profissionais de Saúde em Cuidados Paliativos, o Informe ENSP falou com Ernani Costa Mendes, coordenador do Curso de Especialização em Cuidados Paliativos com Ênfase na Atenção Primária, promovido pelo Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural e o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP). 

Os Cuidados Paliativos consistem nos cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida, segundo o Instituto Nacional do Câncer. 

Com base nesse conceito e na determinação da Organização Mundial da Saúde para que a Atenção Primária assumisse esse modelo de atenção, o curso traz uma abordagem que visa manter a dignidade do paciente que sofre com a doença crônica, evolutiva e também em estágio terminal. Em 2018, o Ministério da Saúde, por meio da Resolução n. 41, de 31 de outubro de 2018, reconheceu a necessidade desse tipo de cuidado em todas as instâncias do SUS.

“O link entre os Cuidados Paliativos e a APS é a assistência do paciente no seu domicílio. É prestar assistência para esse paciente no seu lar, no seu território. Isso é extremamente importante, está na base do SUS garantindo a integralidade da atenção”, esclarece o coordenador do curso, Ernani Costa Mendes.

Com a turma de 2021 em andamento de maneira totalmente on-line, o curso está em sua segunda edição e, neste período, já formou cerca de 25 profissionais. Segundo Ernani Costa Mendes, atualmente, a Especialização conta com alunos de todas as regiões do país. Também coordenam o curso a pesquisadora do CSEGSF/ENSP, Valéria Lino e o coordenador do Dihs/ENSP, Marcos Besserman.

“Um dos diferenciais do curso é a oferta de visitas técnicas em serviços de Cuidados Paliativos no Rio de Janeiro, inclusive no Instituto Nacional de Câncer (Inca)”, explica o pesquisador. Outro diferencial apontado por Ernani é que os alunos do curso devem realizar como Trabalho de Conclusão (TCC) um Projeto de Intervenção para aplicar em seus serviços de saúde. 

Mendes ressalta que a importância da formação dos profissionais de saúde em Cuidados Paliativos, atualmente, é imprescindível na área da Saúde. “O envelhecimento da população atrelado ao surgimento de doenças crônicas os fazem ser extremamente necessários”, destaca.

Segundo Ernani, a formação em Cuidados Paliativos apresenta grande importância também no contexto da pandemia. “É crescente o número de pacientes sobreviventes da Covid-19 que apresentam sequelas irreversíveis, precisando de Cuidados Paliativos que permitam melhor qualidade de vida”, analisa. 

Para o coordenador do curso, a finalidade da implementação dos Cuidados Paliativos na Atenção Primária à Saúde (APS) é possibilitar o alívio do sofrimento dos pacientes e familiares que enfrentam a trajetória de uma doença irremediável.

Fonte: ENSP
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