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Estudo sobre sífilis congênita aponta melhor opção em teste no Brasil

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Publicado em:29/09/2020
O estudo sobre a “Análise de custo-efetividade de testes rápidos em locais de atendimento versus testes laboratoriais para triagem pré-natal de sífilis no Brasil”, assinado pela pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde CDTS/Fiocruz, Carmen Phang Romero, foi publicado na revista Value in Health Regional Issues, para a edição de dezembro de 2020, e está com acesso grátis até o dia 10 de outubro. O estudo, que aborda as graves consequências da transmissão vertical (mãe-filho) da sífilis e o grande aumento da incidência de sífilis congênita como um importante problema de saúde pública no Brasil, teve participação dos pesquisadores da ENSP Daniel Marinho, Rodolfo Castro e Cláudia Pereira e integrantes do INI, da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da School of Health and Related Research (ScHARR), de Sheffield. 
 
O artigo é um produto do Projeto Avaliação de Estratégias de Rastreamento de Dengue e Sífilis na Atenção Básica, patrocinado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, com financiamento pela Chamada MCTI/CNPq/MS-SCTIE-Decit, desenvolvido durante o pós-doutorado da pesquisadora Carmen Romero na Universidade de Sheffield/UK. 
 
O objetivo foi avaliar o custo-efetividade de um teste rápido no local de atendimento (RT) e tratamento de mães positivas imediatamente, em comparação com um teste padrão baseado (ST) em laboratório e com o tratamento na próxima visita de acompanhamento. Como resultado, o grupo liderado por Romero concluiu que, no Brasil, a triagem pré-natal com RT para sífilis e tratamento imediato tem melhor probabilidade de ser custo-efetiva em comparação com da triagem padrão para evitar casos de sífilis congênita ou outros agravos durante a gestação. E assim sendo, deve ser priorizada.
 
“O resultado é significativo, pois, apesar do acesso gratuito ao tratamento pela gestante no SUS, do aumento do diagnóstico e da melhoria no acesso ao pré-natal, o número de novos casos de sífilis na gravidez e no parto permanece constante e tem aumentado no último ano. As consequências não desejadas na transmissão vertical de mãe pra filho são graves, como baixo peso ao nascer, aborto, nascidos mortos, mortes neonatais e outras sequelas que acompanham o bebê ao longo da vida. As estratégias, incluindo testes rápidos para gravidez no pré-natal, devem ser reforçadas e priorizadas em contextos locais, podendo ser generalizadas para países de baixa e média renda”, explica a autora principal do artigo. 

Fonte: Texto adaptado do CDTS/Fiocruz

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