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Desastres naturais: percepção do risco pode salvar vidas

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Publicado em:08/08/2013
O Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em Petrópolis, sediou, no fim de julho, a cerimônia de encerramento do curso Agentes Locais em Desastres Naturais, coordenado pelos pesquisadores Carlos Machado de Freitas e Vânia Rocha. A atividade reuniu, durante todo o dia, 60 alunos dos municípios envolvidos Petrópolis, Teresópolis, Friburgo e Rio de Janeiro, que contaram, cada um deles, com a presença de 15 discentes. Os participantes apresentaram trabalhos de grupo, que identificaram vulnerabilidades aos desastres em âmbito local e propuseram ações intersetoriais para prevenção, resposta e recuperação. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e a Secretaria Nacional de Defesa Civil consideraram o curso uma iniciativa de grande importância.

Desastres naturais: percepção do risco pode salvar vidas

 
A capacitação foi fruto de parceria da Fundação Oswaldo Cruz – com envolvimento de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)  com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal Fluminense e a Subsecretaria de Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro. Além disso, contou com apoio da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional. O curso foi concebido com o propósito de desenvolver metodologia e material didático adequados à formação de agentes locais (vigilância em saúde; endemias; e comunitários de saúde) que possam ser multiplicadores de ações de defesa civil e saúde em desastres naturais. “É um projeto-piloto com o objetivo de expandir seu alcance a vários municípios do Brasil”, informou o pesquisador Carlos Machado.

"Precisamos criar uma cultura de prevenção"
 
A cerimônia de encerramento contou com a presença do secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana; do prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo; e dos secretários de Saúde, André Luís Pombo, e Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão. Também participaram o subsecretário de Defesa Civil do município do Rio de Janeiro, Marcio Motta; o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel; e o responsável pela unidade da Fiocruz em Petrópolis, Félix Rosemberg. 
 
Para o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, o desenvolvimento de cursos para agentes comunitários e a realização de simulados, para que a população aprenda a perceber o risco imediato de desastres naturais e possa se proteger, pode ajudar a reduzir as mortes por essas causas. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, ele falou sobre o treinamento dos agentes. “Precisamos criar uma cultura de prevenção. E estamos fazendo essas parcerias com o Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde, para treinar e capacitar agentes comunitários de saúde que possam levar informações de prevenção para as populações que podem ser afetadas pela ocorrência de eventos extremos. São ações voltadas à criação dessa cultura de prevenção. Apostamos que ela será responsável pela redução do número de óbitos, quando da ocorrência dos desastres naturais em nosso país”, afirmou o ministro. 
 
De acordo com ele, os agentes atuarão no dia a dia, levando as informações, por meio de cartilhas e orientações, passadas pela Defesa Civil, em âmbito local, estadual e nacional, a moradores das áreas de risco. “Estamos concluindo o mapeamento de todas as áreas de risco nos principais municípios onde ocorrem desastres naturais. Fizemos um levantamento nos últimos 20 anos. Então, o agente comunitário de saúde saberá quais são as áreas de risco daquela localidade e levará as orientações básicas e essenciais, para, quando da ocorrência do evento extremo, chuva, alagamento ou inundação, poder orientar bem a população a tomar os cuidados a fim de evitar o óbito.” (Acesse aqui a entrevista completa do ministro.)
 
Os vídeos sobre o curso de agentes comunitários podem ser acessados abaixo.
 

 

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